Grande Cerimônia de 26.out.2011

Palavras do Shimbashira 26.10.174 R.D.

O significado fundamental de realizarmos hoje a Grande Cerimônia de Outono, no dia original da Revelação Divina, está em voltarmos à origem do ensinamento e firmarmos novamente no espírito o objetivo do início deste ensinamento E, direcionando para concretizar esse objetivo, com espírito renovado, fazermos o voto de adiantarmos a caminhada do amanhã.

Conforme as palavras da Revelação Divina, foi esclarecida claramente que o objetivo do início deste Caminho é para “salvar toda a humanidade”. Além disso, se voltarmos à origem, em relação à intenção de Deus-Parens na criação original, temos que: “Criou os seres humanos com o desejo de ver todos desfrutando a vida plena de alegria e felicidade e ter o prazer de compartilhá-la junto.” É para concretizarmos esse desejo.

Desde a criação original, apesar de Deus-Parens ter criado os seres humanos com ilimitado amor parental, por longos anos, desconhecendo a intenção do Parens original e utilizando de forma equivocada o espírito, que foi permitido como seu bem próprio e de seu livre uso, ficaram perdidos e vieram a sofrer. Deus-Parens, compadecido com os conflitos entre as pessoas do mundo, com a chegada do tempo predeterminado, se revelou neste mundo tomando Oyassama como seu Sacrário e iniciou o derradeiro ensinamento da salvação de toda a humanidade.

Quando se fala em salvação, não é apenas conceder dinheiro ou bens materiais para salvar as pessoas dessa situação. Ao reformar o uso espiritual, que está relacionado profundamente com os problemas físicos e circunstanciais e mudar o modo de viver, será ensinado o caminho da salvação. É preciso convencê-las que as enfermidades e os problemas circunstanciais são resultados do acumulo dos usos espirituais contrários à intenção de Deus-Parens.

Ainda, temos que explicar qual é a intenção de Deus-Parens e quais são os usos espirituais que contrariam a sua intenção.

Explana ainda sobre “toda a humanidade”. É o desejo de salvar todos seres humanos do mundo sem nenhuma distinção. É realmente um grandioso desejo, mas, para as pessoas que moravam em Yamato nessa época da Revelação Divina, como não conheciam outros lugares além do seu próprio local de nascimento, a sua terra natal, não tinham noção do que estava sendo referido.

Mesmo assim, já nas primeiras palavras de Deus-Parens aos seres humanos do mundo, declarou claramente que salvará todas as pessoas do mundo sem nenhuma distinção, e podemos compreender o desejo como Parens de toda a humanidade.

Para difundir este ensinamento em todos os cantos do mundo e expandir do fundo dos vales até aos altos montes, são necessários muitos recursos humanos que trabalhem como membros de Oyassama. Ainda, para estas pessoas expandirem o ensinamento, é necessário ter o local de apoio para realizarem a salvação. Se formos falar na linguagem atual, o pelotão da frente são os yobokus e a retaguarda são as igrejas e casas de divulgação.

Quando as pessoas regressavam a Residência para agradecer pela salvação das enfermidades ou problemas circunstanciais, Oyassama afirmava com muita frequência o seguinte: “Salve as pessoas.” Conforme a orientação recebida, ao caminharem para transmitir a alegria de ter recebido a salvação, foram abertos em todas as regiões os locais para as pessoas se reunirem e compartilharem mutuamente a alegria da fé. Pouco depois, foram fundadas as irmandades. Ainda, surgiram as pessoas que foram atraídas a Jiba e começaram a dedicar nos trabalhos da Residência. Dessa imagem dos pioneiros do Caminho, penso que podemos ver os brotos da dedicação das igrejas e de Jiba nos dias de hoje.

Desde a Revelação Divina, passados mais de 170 anos, o ensinamento se expandiu não só no interior do Japão, como também em todas as localidades do mundo, onde foram construídas as bases de apoio para as igrejas e o missionamento. Ainda, em Jiba, foi estabelecida a linha doutrinária, aperfeiçoada a manutenção da organização religiosa e ampliada a área sagrada. Foram adiantadas imensamente as construções formais.

Porém, por mais que se desenvolvam as partes formais, não podemos esquecer de que ambas foram preparadas para o grande objetivo da Revelação Divina, que é a salvação de toda a humanidade. Da mesma maneira, por exemplo, qualquer atividade da igreja, todas as coisas devem estar relacionadas com a salvação mundial e a vida plena de alegria e felicidade. Com relação ao trabalho de Jiba, também é igual.

Podemos dizer que o início da fé dos primeiros condutores de igreja, na grande maioria, foi através da emoção de terem recebido a salvação das enfermidades e dos sofrimentos dos problemas circunstanciais. Compreenderam a razão do ensinamento, corresponderam para retribuir a enorme gratidão, dedicaram no missionamento para corresponder unicamente ao desejo do Parens, e os seguidores foram aumentando gradualmente. E depois de deliberarem, preparando o local para seguir a fé, consagraram o altar de Deus. Também, almejando o progresso ainda maior do local da salvação, fizeram a solicitação a Jiba e receberam a permissão de fundar a igreja.

Desta maneira, nem é preciso frisar que essa missão é a dedicação sincera à salvação. Mais ainda, devemos realizar o Serviço Sagrado que é a base do caminho da dedicação sincera à salvação e animarmos no missionamento e na salvação.

A igreja é o local da salvação que começou recebendo a alegria da salvação através de Deus-Parens e da evolução espiritual. Ainda, é o modelo da vida plena de alegria e felicidade das localidades que se forma com a alegria de dedicar na salvação e de ter recebido a salvação. Apesar da igreja ter sido fundada com esse fervor e profundo desejo, com o passar dos anos, há as igrejas que se prosperam, mas de outro lado, em meio as diversas complicações, há exemplo das que, sem perceber, esquecem o espírito inicial e negligenciam o trabalho original.

A grande parte das atuais igrejas que foram fundadas desde a era Meiji até o ano de 1945, não podiam transmitir o ensinamento conforme Oyassama havia explanado e foi um período de muitos sofrimentos. Nesse meio, tendo como amparo espiritual a vida-modelo de Oyassama, os antecessores, com fervoroso sentimento de retribuir a gratidão, saíram no missionamento por todo Japão, ainda, expandiram até no exterior e foram abrindo o Caminho.

Nos dias de hoje, temos as dificuldades atuais; há ocasiões que não podemos ficar animados, mas, em qualquer situação, desejo que pensem na vida-modelo de Oyassama, que passou radiante e animada com sincero amor parental por amor aos seus filhos. Também, recordem os esforços dos antecessores e sejam persistentes.

Para podermos atingir o objetivo deste Caminho, que é a salvação de toda a humanidade, as igrejas são imprescindíveis. De todas as formas, desejo que sucedam firmemente as aspirações do primeiro condutor de suas igrejas e, tendo como prazer o caminho real do porvir, dediquem com orgulho e cientes de suas missões.

Podemos dizer que, na atual sociedade, é muito forte a tendência de não ter uma religião e a fé. Por isso, estão se acentuando os sofrimentos e os conflitos por não ter um ponto de apoio seguro do espírito. São muitas as pessoas que estão necessitando da nossa salvação. Desejo que, frente aos sofrimentos atuais, dediquem com convicção para solucioná-los.

Para que a igreja possa cumprir essa missão, é fundamental que o próprio condutor da igreja se conscientize disso. Também, é preciso haver a dedicação para envolver com a carne a pessoa central dos yobokus que compõem a igreja.

A concretização do mundo de vida plena da alegria e felicidade foi comparada na construção, e em face desta construção do mundo, os yobokus foram denominados originalmente como madeiras usáveis, recursos humanos.

Nos dias atuais, chamamos de yoboku as pessoas que receberam a razão de Sazuke, mas, considerando em conjunto, creio que a missão do yoboku é dedicar na salvação ministrando o Sazuke, e trabalhar na construção do mundo da vida plena de alegria e felicidade.

Sobre a disposição espiritual do yoboku no dia a dia, antigamente, o Shimbashirassama II explanou com freqüência sobre os três princípios da fé do yoboku. Que são: “O espírito de devoção única a Deus”, “a atitude de hinokishin” e “o círculo de união espiritual”.

O espírito de devoção única a Deus é trilhar correspondendo a intenção de Deus-Parens, esquecendo as cogitações humanas. Para correspondê-la não é tão fácil assim, mas é a disposição espiritual de caminhar correspondendo a intenção no cotidiano e dedicar para aproximar na intenção. O núcleo dessa intenção, o desejo do Parens, como afirmei no início, é salvar toda a humanidade e propiciar a vida plena de alegria e felicidade. Para concretizar esse desejo do Parens foi iniciado este ensinamento. Por isso, para corresponder e aproximar a intenção, primeiramente, é preciso aprender o ensinamento. No dia a dia, devemos nos familiarizar com a Escritura Divina que foi escrita diretamente pela Oyassama, ler a Doutrina de Tenrikyo e a Minuta da Vida de Oyassama e firmamos os pontos fundamentais do ensinamento no espírito.

Naturalmente, não podemos assimilar o ensinamento apenas estudando, na vida diária devemos refletir conforme a doutrina, ter como ponto de apoio para as decisões e, ao passarmos de acordo com o ensinamento, gradualmente, assimilaremos as condutas apropriadas como yoboku.

Recentemente, lendo as explicações das “Dez Providências” e as “Oito Poeiras”, vem ampliando o movimento para memorizá-las, mas, nesse meio, são itens básicos e familiares. Ao memorizar, poderão apreciar bem essas explicações, aprofundar na leitura e, ao pesquisarem mais profundamente, penso que poderão perceber que têm conteúdo realmente rico. Creio que poderão vivificar não apenas como alimento espiritual da vida diária, mas também como o ponto de apoio e procedimentos para a divulgação e salvação.

O hinokishin é a oferenda feita com o trabalho do corpo.

Nos Hinos Sagrados temos que:

O transporte de terra é algo extraordinário,

se isto se tornar uma contribuição! (Hino XI-7)

A contribuição, de modo geral, significa doar dinheiro ou objetos aos santuários e templos, mas explanou que a ação de transportar a terra também será aceita como contribuição.

Por isso, mesmo que não tenha dinheiro ou objetos, se tiver ao menos o espírito sincero, o hinokishin poder ser feito por qualquer pessoa. O hinokishin é a ação feita com a alegria pela salvação da doença ou dos problemas circunstanciais, ou com espírito de gratidão pelas grandes graças recebidas no dia a dia, e devemos prontificar na sua realização diariamente.

Sobre o hinokishin, temos ainda:

Marido e mulher juntos no hinokishin,

isto é a primeira semente das coisas. (Hino XI-2)

Ao hinokishin, esquecendo a ambição,

isto se torna o primeiro fertilizante. (Hino XI-4)

Estes pontos também são procedimentos espirituais que não devemos esquecê-los.

As atividades do Corpo de Hinokishin de Apoio nas Calamidades, o hinokishin nos estabelecimentos e o hinokishin realizado nas exposições, nos locais de grandes eventos, são bem reconhecidos pela sociedade, mas penso que esses hinokishin são realizados por haver a prática no dia a dia e ter enraizado na vida religiosa. Daqui em diante também, desejo que todos os yobokus prontifiquem diariamente no hinokishin.

O modelo de união espiritual é o trabalho dos instrumentos na criação original. Compreendendo a intenção de Deus-Parens, solidificando nesse desejo e tendo como único objetivo a criação do ser humano, mantendo a harmonia da totalidade, os instrumentos desempenharam as suas respectivas funções e é o maior modelo de união espiritual.

A união espiritual não é todos fazerem a mesma coisa, é cada um desempenhar firmemente a sua função e, em face desse único objetivo, trabalhar em harmonia. Em relação ao único objetivo, não significa que todos devem ter a mesma opinião. Na Indicação Divina, temos que:

“Doravante, digo unir bem os espíritos. Isto é a razão mais importante. Devem ajustar firmemente a razão do espírito à razão do Caminho.” ( IND. 20.07.1902)

Significa que devemos alinhar na razão do ensinamento e é fundamental correspondermos a intenção de Deus-Parens. Desta maneira é que Deus-Parens aceitará.

Ainda, ensinou que:

“Se todos ligarem em união espiritual, concederei toda providência.” (IND. 10.01.1898)

Estes três princípios da fé, mesmo nos dias de hoje, sem nenhuma mudança, são as disposições espirituais dos yobokus no cotidiano e podemos dizer também que é o manual da caminhada.

Este ano, provavelmente ficará na memoria por longo tempo como o ano do grande desastre sísmico da região leste do Japão. O grande terremoto e gigantesco tsunami causaram grandes danos nas três províncias da região nordeste; Iwate, Miyagui e Fukushima, e em toda região leste do Japão e milhares de vidas foram perdidas.

Desde daquele dia, passaram-se mais de sete meses, mas apesar do certo avanço nas retiradas dos entulhos e na entrada dos desabrigados nas casas provisórias, até a reconstrução da cidade e restauração da vida diária, ainda falta muito. Não posso deixar de solicitar sinceramente pela reconstrução dos locais atingidos pela catástrofe e, o mais rápido possível, pela recuperação do corpo e do espírito das pessoas atingidas.

No mês de abril e maio, fui visitar as circunscrições regionais atingidas pelas catástrofes e pude conversar e ouvir as pessoas ligadas as igrejas. Apesar de terem sofrido diretamente a catástrofe, a imagem de estender as mãos da salvação para as pessoas da redondeza, apesar de sofrerem a imensa tristeza e dor de a igreja ser levada pelas águas, de perder membros da família, sem amolecer o espírito, com vigor de fazer os brotos saírem dos nós, a imagem de procurar reerguer me impressionou profundamente.

Daqui em diante, creio que a caminhada para a reconstrução será longa e rigorosa, mas acredito que reconstruirão certamente as suas igrejas, tornarão o local de apoio espiritual dos seguidores e dedicarão ainda como suporte para a recuperação espiritual das pessoas dessas localidades. Mesmo que não tenha sofrido a catástrofe, não podem pensar que esta grande calamidade é acontecimento de outros, mas é fundamental firmar como um fato pessoal.

Na sociedade, há pessoas que tenham ficado com raiva do céu por causa desta calamidade afirmando que “não existe Deus nem Buda”, mas há quem aceite realisticamente como acontecimento causado pelo movimento da crosta terrestre. Conforme foi explanada que as calamidades naturais são o pesar e a ira de Deus, como seguidor do ensinamento de Oyassama, é fundamental firmarmos que esses acontecimentos são rigorosos avisos de Deus-Parens e refletirmos bem o seu significado.A maneira de refletir, não posso dizer como uma coisa só, mas penso que cada um deve questionar primeiramente a si mesmo se não veio caminhando contrariando a intenção de Deus-Parens e, do que for, procurar viver diariamente para aproximar nesta intenção.

Ao relembrarmos, há 16 anos, ocorreu o grande terremoto de Hanshi e Awaji no ano anterior da Cerimônia Decenária de 110 Anos de Ocultamento Físico de Oyassama. Logo depois dessa catástrofe, o Shimbashirassama anterior encerrou a palestra da Grande Cerimônia de Janeiro com seguintes palavras:

“No início do ano da conclusão das atividades decenárias, se aceitarmos como rigorosa instrução de Oyassama que apressa a realização do Serviço Sagrado, nós devemos nos colocar no lugar das pessoas que foram atingidas diretamente, perderam a vida, sofreram ferimentos, perderam a casa e a força para trabalhar e, com dobro e triplo de espírito de animo do que essas pessoas, desejo que esforcem firmemente no caminho da retribuição da gratidão.”

Desta vez, o grande desastre sísmico que ocorreu neste ano na região leste do Japão, que superou enormemente o número de vítimas, aconteceu bem no ano da virada da cerimônia decenária anterior, ou seja, dos 120 anos para o 130 anos de Ocultamento Físico de Oyassama. De modo algum, isto não aconteceu por acaso. Não posso deixar de pensar que temos aí a instrução ainda mais rigorosa. Creio que está incentivando vigorosamente para revermos firmemente a situação atual deste Caminho que almeja a reforma do mundo para a vida plena de alegria e felicidade com a concretização do Serviço Sagrado, corrigirmos a caminhada de acordo com o ensinamento e comparando com a vida-modelo, dedicarmos de acordo com a intenção e buscarmos para poder corresponder a intenção. Nesse sentido, precisamos dedicar com espírito bem mais determinado.

A Cerimônia Decenária de Oyassama não é realizada convencionalmente por terem passados dez anos. Tendo como objetivo a Cerimônia Decenária de Oyassama, todos os seguidores devem dedicar com união espiritual nas atividades decenárias, manifestar a Oyassama eternamente viva o resultado disso, a imagem mais evoluída, e é o momento oportuno para contentá-la.

Para podermos realizar a cerimônia decenária condizente com a Cerimônia Decenária de Oyassama e a disposição espiritual para dedicarmos nas atividades decenárias, almejando esse objetivo e recompormos as energias, é preciso revisarmos as condições e os preparos para podermos dedicar firmemente.

Em outras palavras, comparando o procedimento, a dedicação original da igreja e dos yobokus, e revisando a situação atual, se houver alguma diferença e falha, gostaria que suprissem fazendo a correção, e desejo que cada um dedique realmente os esforços no seu dia a dia.

Nesta data original da revelação divina, a começar das pessoas que dedicam na Sede da Igreja e nas igrejas, gostaria que cada yoboku se colocasse novamente no ponto inicial do ensinamento, refletisse com que objetivo está seguindo e o que deve fazer e, comparando e refletindo com objetivo original, corrigisse a postura do espírito e a dedicação no dia a dia. Com espírito renovado, desejo que trilhem animados a caminhada de amanhã.

Manifestando desta maneira o meu pensamento, encerro a minha saudação de hoje.

Muito obrigado pela atenção.