Vida de Oyassama




RESUMO DA VIDA DE OYASSAMA


O Nascimento

A senhora Miki Nakayama, Oyassama ou Nossa Mãe, a porta-voz de Deus-Pa­rens, cujos ensinamentos deram ensejo à fundação da Igreja Tenrikyo, nasceu em 18 de abril de 1798, na aldeia de San­maidem, em Yamabe, região de Yama­to, atual distrito de Sanmaidem, município de Tenri, província de Nara, Japão.


O Casamento

Aos 13 anos, foi recebida pela família Nakayama da aldeia de Shoyashiki (atual distrito de Mishima), tornando-se esposa de Zembee.

Miki, como dona de casa, dedicou -se aos sogros, serviu ao marido e esforçou-­se nos afazeres domésticos a ponto de ser admirada por toda a vizinhança. Realmente, foi uma dona de casa exemplar.


A Revelação Divina

Em 26 de outubro de 1838, Miki então com 41 anos de idade, de acordo com a revelação de Deus-Parens, tornou-se Sacrário de Deus-Parens.

Sacrário quer dizer aqui, um local onde Deus se estabelece. Dessa maneira, Deus-Parens transmitiu a sua vontade através de Oyassama. Significa que o espírito era o de Deus-Parens.


Caindo na Pobreza

A Oyassama, a partir de então, distribuiu toda a fortuna e os bens da família para as pessoas necessitadas, seguindo o caminho para cair na profunda pobreza. As suas atitudes não eram compreendidas pelos parentes e amigos, havendo rigorosas advertências e reações contrárias.

Assim, passados mais de 10 anos, em 1853, o marido Zembee, que era o arrimo da família, veio a retornar. Então, ela desceu cada vez mais ao fundo da pobreza. Mesmo nessa situação, Oyassama de maneira nenhuma perdeu a esperança e a alegria. No mesmo ano, enviou a filha caçula Kokan para Osaka para divulgar o nome divino Tenri-Ô-no-Mikoto.

Ainda, na ocasião da demolição da casa principal, disse:

"A partir de agora iniciaremos a construção do mundo. Comemorem-na"

E serviu a todos saquê e salgadinhos, ultrapassando o senso comum.

Nesses fatos e aspectos, podemos ver a figura de Oyassama que viveu com o espírito de Deus-Parens, trabalhando unicamente para a salvação do mundo.

Com a fé e as atitudes que transcendiam o normal, ridicularizada pela sociedade da época, desde então, por mais de dez longos anos, não houve ninguém que a visitasse.

Mãe e filhos, isto é, Oyassama e seus filhos, passaram por diversas vezes sem ter nem o que comer. Mas Oyassama, mesmo nessas ocasiões, vendo o sofrimento alheio, não conseguia ficar sem fazer nada, entregando com desprendimento a pouca porção de arroz que havia ganhado.


A Permissão do Parto Feliz

Passaram-se mais de quinze anos após ter-se tornado Sacrário de Deus­Parens, quando iniciou a "Permissão do Parto Feliz", que marcou a abertura do Caminho ao mundo.

Aos poucos, reconhecendo Oyassama como uma senhora dotada de maravilhosa virtude, as pessoas da redondeza passaram a dizer que ela era uma deusa viva, e começaram a aproximar-se dela.

Então, muitos enfermos vieram procurá-la. Quão difícil fosse a doença, eram curados através das mãos de Oyas­sama.


As Perseguições e Intervenções

Porém, esses acontecimentos provocaram um novo tipo de sacrifício.

Começaram os ataques dos monges e ascetas pela inveja e incompreensão. Oyassama, mesmo nessa inquietante circunstância, mantinha uma postura nobre e magmática, continuando a ensinar a todos o ideal de vida humana, que é a vida plena de alegria e felicidade.


O Caminho da Salvação Mundial

Em 1864, foi realizada a construção do Tsutome-basho ou Local do Serviço, que foi a primeira obra desta fé como corolário da alegria e agradecimento das pessoas que foram salvas e se achegavam venerando-a.

Mais tarde, em 1866, Oyassama ensinou o Serviço e, em 1869, começou a escrever a escritura divina Ofudessaki, Ponta do Pincel. Enfim, o ensinamento fundamental foi posto ao lume positivamente.

Em 1874, vieram a ser concedidos o Omamori, Amuleto-Prova e o Dom de Sazuke.

Em 1875, foi claramente mostrada a Jiba da origem dos seres humanos, desenvolvendo amplamente o caminho da salvação do mundo.


Os Sacrifícios de Oyassama

Seguiram-se então as opressões e as intervenções dos poderes governamentais, as quais se tornaram intensivas por volta de 1882, sendo a própria Oyassama detida e presa por dez e tantas vezes.

A "História dos Primórdios da Origem" e o Serviço referente a essa origem não estavam de acordo com a mitologia japonesa e, a idéia de igualdade entre todas as almas humanas, como filhos de Deus-Parens e irmãos entre si, contrariava a ideologia política da época, que divinizava o soberano como o descendente direto dos deuses mitológicos.

No entanto, para realizar a salvação do mundo, ela não deixou de divulgar os ensinamentos de Deus-Parens. Ao contrário, dizendo que "saía para o mundo" e "ia trabalhar", dirigiu palavras confortantes aos policiais que vinham detê-la com um "gokurousan (muito obrigado pelo seu trabalho)" e ia animada para a prisão.

Os seguidores, preocupados com a Oyassama, então em avançada idade, hesitavam pôr em prática os ensinamentos, porque isso lhe poderia significar novos sacrifícios, pois seu ideal era a salvação de toda a humanidade e não de uma determinada classe, nacionalidade ou povo.


O Ocultamento Físico

Na primavera de 1887, incentivou-se constantemente o Serviço, mostrando anormalidades no estado de saúde de Oyassama.

Os seguidores, deliberando que não era mais hora para ficar hesitando, decidiram e executaram animadamente o Serviço.

Oyassama, ouvindo satisfeita o som alegre e animado dos instrumentos musicais, deixou a vida física serenamente como se dormisse. Eram duas horas da tarde de 26 de janeiro (calendário lunar) de 1887. Ela estava com 90 anos de idade, em contagem japonesa.


Trabalhando Viva

Esperando a maturidade espiritual de todos e apressando a salvação, Oyassama abreviou vinte e cinco anos de sua vida em relação à expectativa de vida determinada. Mas a sua alma mantém-se eternamente viva na residência original, em Oyasato, Terra Parental, protegendo e aguardando a maturidade espiritual de todos os seres humanos.

Assim, transmitindo a vontade de Deus-Parens desde 1838, com o amor parental de salvar todos os filhos, os seres humanos, Oyassama passou animadamente por todos os sacrifícios, deixando um exemplo de vida de alegria que salva todas as pessoas, a vida-modelo.

Apesar de ter-se ocultado fisicamente, continua a trabalhar como em vida pela salvação de toda a humanidade.