Tyotyo_2009.08

Vou falar sobre o tema “A missão e a disposição espiritual do casal condutor de igreja” e solicito a atenção de todos.

Antes de entrar no tema, gostaria de apresentar a situação atual sobre os casais de condutores no Caminho do Brasil. Existem 86 igrejas, incluindo o Dendotyo. Dentre elas, existem seis que estão sem condutor. Três tem a previsão de terem os condutores nomeados entre este ano e o ano que vem. As outras três, neste momento, estão com a situação indefinida. Dos 80 condutores, existe uma pessoa na faixa dos 90 anos de idade, 5 na faixa dos 80, 17 na faixa dos 70, 25 na faixa dos 60, 18 na faixa dos 50, 13 na faixa dos 40, nenhum na faixa dos 30 e uma na faixa dos 20 anos. São 67 condutores do sexo masculino, representando 84%, com média de idade de 59 anos. São 13 condutoras do sexo feminino, representando 16%, com média de idade de 73 anos. A média de idade dos 80 condutores é de 61 anos. As esposas de condutores são 62 pessoas, duas na faixa dos 80 anos, 5 na faixa dos 70, 19 na faixa dos 60, 19 na faixa dos 50, 11 na faixa dos 40, 5 na faixa dos 30 e uma na faixa dos 20 anos, com média de idade de 57 anos. Dos 80 condutores, 21, ou seja, 26%, são os primeiros condutores de suas igrejas, e 59, ou seja, 74%, são segundos ou terceiros condutores. Em termos de nacionalidade, 41, ou 51%, são japoneses, e 39, ou 49%, são brasileiros. Das 62 esposas de condutores, 22, ou 35% são japonesas, e 40, ou 65%, são brasileiras. Segundo minhas estimativas, creio que 85% dos condutores se dedicam unicamente ao Caminho e cerca de 15% trabalham fora.

Antes de tudo, para nós que seguimos este Caminho, especialmente aqueles que têm a posição de condutores, é importante ler várias vezes as palavras do Shimbashira, proferidas todos os anos nas palestras das grandes cerimônias da Sede de janeiro e outubro, e caminhar dia a dia assimilando firmemente no espírito o pensamento do parens. Nos últimos anos, a tradução dos principais pontos dessas palestras está sendo publicado no Jornal Tenri.

Creio que os senhores têm lido, mas gostaria de fazer uma recapitulação aqui de alguns pontos importantes do pensamento do Shimbashira, contidos nas palestras das grandes cerimônias desde a celebração dos 120 Anos do Ocultamento Físico de Oyassama, em 26 de janeiro de 2006, até janeiro deste ano.

Em janeiro de 2006, na palestra da cerimônia de 120 Anos do Ocultamento Físico de Oyassama, temos:

“Nós temos o ensinamento explicado durante 50 anos por Oyassama e temos também o caminho da vida-modelo trilhado pessoalmente por ela. Refletindo sobre o ensinamento e a vida-modelo de Oyassama, e tendo-os como ponto de apoio, devemos pensar e agir diligentemente para corresponder à intenção divina. Assim, Oyassama com certeza estará a nos guiar. Ao vivermos dia a dia dessa forma, poderemos avistar o próximo marco correto do caminho. O pensamento de Oyassama é a dedicação única à salvação. (...) Devemos transmitir a voz do Parens verdadeiro para as pessoas que estão hesitando e sofrendo por não terem um ponto de apoio seguro, devemos estender a mão da salvação para as pessoas que estão sofrendo por enfermidades e problemas circunstancias e convidá-las a trilharem o caminho da vida plena de alegria. Esta é a maior missão, a maior alegria do Yoboku.”

Ensina que é de suma importância que nós, que seguimos este Caminho, tenhamos sempre o ensinamento e a vida-modelo de Oyassama como pontos de apoio. Cita também que o pensamento de Oyassama se resume à dedicação única à salvação e a principal missão do Yoboku é guiar as pessoas que sofrem por doenças e problemas circunstanciais para o caminho da vida plena de alegria.

Na palestra da grande cerimônia de outubro de 2006, temos:

“As atividades regulares da igreja são o Serviço sagrado e a divulgação. A principal missão da igreja é animar Deus-Parens e Oyassama, e solicitar a graça da salvação universal, da pacificação do mundo, através do Serviço sagrado. Para isso, é imprescindível o esforço em completar o número do pessoal do Serviço, além, é claro, de treinar o otefuri e o narimono. Existem igrejas em que, sem a devida atenção, acabaram ficando sem pessoas para completar o pessoal do Serviço. Acredito que devemos nos dedicar para que todos os Yobokus se tornem executantes do Serviço e também para educar os mais jovens e os principiantes que vem em seguida. Ainda, para salvar todas as pessoas do mundo, devemos nos dedicar nas atividades de divulgação para que este derradeiro ensinamento seja transmitido ao mundo todo. Além disso, é um importante trabalho da igreja transmitir a voz do Parens às pessoas que sofrem e se preocupam por não conhecerem o verdadeiro Parens, encaminhando-as para a salvação e dedicando-se até que essas pessoas se integrem à fila dos Yobokus para a construção da vida plena de alegria. Isso ainda se liga ao aprimoramento do Serviço sagrado.”

Ensina que as atividades regulares da igreja são o Serviço sagrado e a divulgação. Orienta que devemos executar diariamente o Serviço sagrado para animar a Deus-Parens e Oyassama e, com espíritos unidos, devemos solicitar a graça da pacificação e salvação do mundo. Devemos dedicar esforços no sentido de fazer com que aqueles que regressaram a Jiba, ouviram o Besseki e se tornaram Yoboku, possam se tornar executantes do Serviço. Ainda, diz que trabalhar no sentido de aumentar o número de Yobokus que colaborem na construção do mundo de vida plena de alegria é um importante trabalho da igreja.

Na palestra da grande cerimônia de janeiro de 2007, temos:

“Para podermos concretizar o objetivo deste Caminho, de salvar toda a humanidade e construir o mundo de vida plena de alegria, além do missionamento para as pessoas que não conhecem o ensinamento, a transmissão vertical é algo que não pode faltar. (...) Temos que transmitir o ensinamento de pai para filho, de filho para neto, com a convicção de que um filho de Yoboku venha a se tornar infalivelmente um Yoboku. Além disso, gostaria que transmitissem o ensinamento de forma que a cada geração, a razão se torne cada vez mais profunda. Para isso, é importante que as pessoas que estão na liderança mostrem no dia a dia um comportamento digno de um seguidor do Caminho, encaminhando as outras pessoas com a prática. Existem coisas que não se podem transmitir através das palavras e das letras. Gostaria que transmitissem essas coisas através do seu comportamento e da sua prática.”

Aqui, orienta-nos a nos dedicar à transmissão vertical com convicção, de forma que os filhos de um Yoboku infalivelmente se tornem Yobokus também. Falando em Yobokus, existem vários níveis. Creio que existem muitas pessoas que pediram para ir ao Japão através das caravanas, ouviram as palestras do Besseki por convite do condutor e acabaram recebendo o dom do Sazuke e se tornando Yoboku sem saber direito do que se tratava. Entretanto, é fato que regressaram a Jiba e ouviram as nove palestras do Besseki. Assim, devemos manter a ligação com elas, convidando-as a reverenciarem a cerimônia mensal e quem sabe até instruindo-as a tocarem o narimono. Numa etapa posterior, acredito que podemos trabalhar no sentido de que seus filhos e netos também se tornem Yobokus. Gostaria de solicitar aos senhores que não desistam e dediquem esforços no sentido de trazer de volta os Yobokus que estão meio afastados do Caminho. Para isso, o Shimbashira nos instrui que é importante que as pessoas que estão na liderança mostrem no dia-a-dia um comportamento digno de um seguidor do Caminho, encaminhando as pessoas através da prática do ensinamento.

Na palestra da grande cerimônia de outubro de 2007, temos:

“Para receber o trabalho de Deus-Parens na salvação, é necessário construir a razão da sinceridade de modo que possa ser aceito, ligar firmemente o espírito a Deus-Parens e Oyassama e consultar a sua intenção. Para isso, é imprescindível familiarizar-se com o ensinamento e refletir de modo a corresponder à intenção divina. Quando entender o pensamento e a benevolência do Parens, naturalmente nascerá a atitude de Hinokishin. Todas as atitudes sinceras que exprimem a gratidão a Deus-Parens podem ser chamadas de Hinokishin, mas aquilo que mais contenta a Deus-Parens é a atitude de salvar as pessoas. (...) Por mais que se fale em salvação do mundo e vida plena de alegria, de nada adiantará se não for acompanhado de conteúdo. Ou seja, devemos verificar nossos passos e nos certificar que dentro de nossa vida diária estamos vivendo de modo condizente com o ensinamento.”

Ensina que para recebermos as graças na salvação, devemos ligar o espírito firmemente a Deus-Parens e Oyassama e devemos construir a razão da sinceridade para ser aceito por Deus-Parens. Para isso, o mais importante é a prática do Hinokishin, é o espírito sincero em querer contentar o próximo, é querer salvar o próximo. Cita também que, por mais que se fale em algo grande como a “salvação do mundo”, se não houver o conteúdo dentro do seguidor, de nada adiantará.

Na palestra da grande cerimônia de janeiro de 2008, temos:

“A igreja tem papel importante na educação e na dedicação ao Yoboku. Acredito que no mundo atual, existem diversas dificuldades no que tange a cuidar da maturação espiritual das pessoas que se ligam à igreja. No entanto, sem se deixar levar pelos aspectos da sociedade, devem se devotar aos respectivos trabalhos como igreja, como Yoboku, com responsabilidade e orgulho.”

Aqui nos diz que gostaria que tivéssemos a consciência de que a igreja tem papel importante na educação e na dedicação ao Yoboku e, apesar das diversas dificuldades, nos dedicássemos a esse trabalho sem se deixar levar pelos aspectos da sociedade.

Na palestra da grande cerimônia de outubro de 2008, temos:

“Em qualquer coisa, o importante é o conteúdo das pessoas que creem, é a convicção da fé. (...) Principalmente nós, nos dias de hoje, não devemos nos deixar levar pelas tendências da época e pelos desejos comuns ao mundo. Devemos fixar renovadamente no espírito o fato de que este é um caminho iniciado solitariamente por Oyassama, elevar a consciência de que somos materiais humanos para a construção do mundo de vida plena de alegria e, a partir dos próximos, expandir o círculo de vida plena da alegria. Isso é que é importante. (...) Acredito que devemos praticar os ensinamentos com a convicção de que, se agirmos conforme foi ensinado por Oyassama, não haverá um mínimo de erro. Creio que por haver essa base, as várias reflexões e meios são validados.”

Orienta-nos que é necessário que os fiéis fortaleçam o conteúdo e a convicção da fé e expandam o modo de viver pleno de alegria a toda a sociedade a partir das pessoas próximas. Ao trilharmos o caminho, quaisquer que sejam as dificuldades enfrentadas, temos que ter a convicção de que é Deus-Parens que está nos colocando à prova. Qualquer que seja o nó, qualquer que seja o sofrimento, devemos ter Deus-Parens como meta e praticar os ensinamento sinceramente, de modo a corresponder à intenção divina. Dessa forma, assim como existe a expressão “o imutável é a verdade”, poderemos construir uma convicção inabalável de fé.

Na palestra da grande cerimônia de janeiro de 2009, temos:

“Pode parecer difícil ir a uma igreja à qual não estão filiados, mas todas as igrejas são locais que receberam a razão de Jiba. Por isso, peço a todos os condutores de igreja que tenham o sentimento de ajudarem-se mutuamente, mesmo não pertencendo à mesma igreja, para assim, se animarem e se desenvolverem. Através da frequência dos próprios pais à igreja, é mostrada a importância de dedicar-se a Deus dentro do cotidiano. Assim, um dia, os filhos, sendo educados dentro desse cotidiano, passam a participar das diversas atividades da igreja, a começar pelo Serviço sagrado. Para a criança, isso se torna um local de apoio espiritual, sendo a base para receber a graça de levar uma excelente vida, além da harmonia no lar, e se encarregarão de dar continuidade à parte do trabalho da salvação mundial. (...) Peço a todos que se empenhem mais em fazer as pessoas frequentarem a igreja com a família unida, pois é o local para a prática da salvação e para a evolução espiritual. Na atual sociedade, com a tendência de desunião, isso se torna ainda mais importante. Atualmente, a começar pela recessão econômica, fala-se muito sobre assuntos tristes e desanimadores. Mas não é por estarmos deixando de receber as providências de Deus-Parens; continuamos a recebê-las sem nenhuma alteração. Os problemas tem sido ocasionados pelo mau uso espiritual dos seres humanos.”

Diz aqui que gostaria que os condutores animassem e educassem os Yobokus e fiéis filiados a outras igrejas, que vem reverenciar o Serviço sagrado diário ou a cerimônia mensal, sem nenhuma distinção em relação aos fiéis filiados à própria igreja. Ainda, encoraja-nos a visitar a igreja com a família unida, de modo que os filhos, mais tarde, se eduquem de modo a poderem participar das atividades da igreja, a começar pelo Serviço sagrado. Isso é dar um ponto de apoio seguro aos filhos, é construir uma boa base para viver uma vida feliz e isso se torna a origem para a harmonia na família.

Até aqui aprendemos sobre os pontos que devemos tomar cuidado ao trilhar este Caminho, pinçados das palestras do Shimbashira.

A seguir, falarei sobre como trabalhar no dia a dia como condutor ou esposa de condutor.

· Falando sobre o dia a dia dos senhores dentro da igreja, creio que começa com a limpeza do recinto de reverência, a preparação das oferendas, a oferenda e o Serviço sagrado. O que é importante nos Serviços matutino e vespertino é cumprir com o horário determinado, sem adiantar ou atrasar de acordo com a conveniência do condutor. Na hora do Serviço, a esposa não deve ficar trabalhando na cozinha e as crianças também não devem ficar assistindo televisão ou brincando. A postura da família do condutor durante o Serviço é muito importante. Devem ter firmemente em mente que nos Serviços diários e nas cerimônias mensais, recebemos a razão do Parens. No Dendotyo, após o Serviço matutino, fazemos o ensaio de dois hinos sagrados, e após o Serviço vespertino, fazemos a leitura do Ofudessaki em japonês e português. Quando é publicada uma Instrução antes dos decenários, de manhã fazemos a sua leitura em japonês e à noite fazemos a leitura em português. Ainda, houve tempo em que líamos a Doutrina ou os Episódios da Vida de Oyassama. Ao invés de terminar somente com o Serviço, devemos sempre procurar estudar alguma coisa de manhã e à noite.

· Os condutores e esposas que se dedicam unicamente ao Caminho devem procurar sair para a divulgação e salvação mais ou menos uma hora, todos os dias se possível, ou se não, pelo menos duas ou três vezes por semana. Os que trabalham fora devem procurar se dedicar à divulgação e salvação nos dias de folga de modo a compensar os dias que não podem fazê-lo.

· Durante o mês, creio que os senhores ficam muito atarefados com diversas atividades como sair para a cerimônia mensal das irmandades e das casas de divulgação afiliadas, serviços ligados à administração e manutenção da igreja, como a parte hidráulica, elétrica e civil. Nas cerimônias das irmandades, sempre que possível, o condutor deve procurar ir pessoalmente, fazer o Serviço junto com todos e fazer uma palestra de modo a animar e contentar os fiéis.

· Para os fiéis e Yobokus que moram longe, devem procurar enviar o Jornal Tenri e, sempre que sair uma publicação nova em português, devem comprar e enviar a eles. Nessas oportunidades, se puderem escrever e enviar junto um breve relato sobre a cerimônia mensal da igreja, creio que os fiéis ficariam muito contentes. O diretor administrativo da Sede, Rev. Iburi, desde antigamente (desde jovem), sempre que manda ou responde cartões de fim de ano, faz questão de escrever de próprio punho, mesmo estando muito atarefado. Creio que isso é a fonte para ligar o espírito. Para que os Yobokus e fiéis possam se alegrar e evoluir espiritualmente, não devem economizar forças. Atualmente, com o avanço da Internet, é possível fazer a dedicação aos fiéis através de e-mails também. Enfim, é muito importante manter o espírito ligado aos fiéis.

· As cerimônias mensais também devem ser iniciadas sempre na hora determinada. A partir do momento em que o condutor faz a reverência aos três altares no início, até o momento em que faz a reverência de agradecimento após as palestras, os executantes do Serviço devem ficar em seus lugares, exceto para ir ao toalete. O condutor e sua esposa são bastante atarefados e podem querer fazer alguma coisa durante a execução do Serviço, mas esses afazeres devem ser feitos sempre antes ou depois do Serviço. Durante o Serviço, devem criar o hábito de não se levantar de seu lugar. Ainda, os revezamentos entre o Serviço sentado, a primeira parte e a segunda parte da dança sacra devem ser feitos rapidamente. Durante o Serviço, não devem tomar café, comer algo ou descansar. Existem pessoas que saem de seu lugar para prepararem o almoço ou que tiram o “otsutomegui” depois de executarem a sua parte e ficam descansando. Devem orientar para que ninguém se levante de seu lugar antes da reverência final.

· Sobre a leitura da dedicatória, existem três possibilidades: só em japonês, em japonês e português ou só em português. Quando o condutor lê a dedicatória somente em japonês, se entre os fiéis houver pessoas que não entendam o japonês, deve-se fazer a tradução para o português. Deve-se ler a tradução em português logo depois que o condutor faz a leitura em japonês. Como é uma tradução, não é necessário ir à frente do altar, nem ler atrás ou ao lado do condutor. Deve-se ler da parte lateral do recinto de reverência. O ideal é que o condutor se esforce e faça a leitura nas duas línguas. Sobre o conteúdo da dedicatória, nas grandes cerimônias de janeiro e outubro, deve-se citar o seu significado. Em abril, como se trata do aniversário de Oyassama, deve-se tocar nesse ponto. A cerimônia do aniversário de Oyassama deve ser celebrada somente em Jiba. Nas igrejas em geral, é chamado somente de cerimônia mensal e não se deve ler dedicatória em frente ao altar de Oyassama. Atualmente, somente se faz a leitura de dedicatória diante do altar de Oyassama uma vez a cada dez anos, somente em janeiro do ano do decenário de Oyassama. Em dezembro, deve-se citar sobre o final do ano. Existem publicados em japonês e português, as coletâneas de dedicatórias e todos os meses, no informativo do Dendotyo, é publicada a dedicatória em português e japonês. Usem-nos como referência.

· Os executantes do Serviço devem vestir o “otsutomegui”. Em 1951, na cerimônia de inauguração do Dendotyo, tivemos a presença do segundo Shimbashira, que depois fez a visita doutrinária a todas as igrejas e casas de divulgação, num total de 17 locais. No registro de visita denominado “Voo para Semeadura (continuação)”, está escrito: “Orientei para se contentarem com a razão do ‘monpuku’ ao invés do ‘kyoufuku’”. Depois da Segunda Guerra Mundial, devido a razões políticas, na Coreia e em Taiwan não era permitido o uso do “otsutomegui”, que é um tipo de vestimenta japonesa. Assim, na Coréia e em Taiwan, o Serviço é realizado com o “kyoufuku”. Nos outros países e localidades, não existe nenhuma restrição ou pressão política. Assim, o Serviço é realizado vestindo o “otsutomegui”. Existem igrejas onde não há “otsutomegui” para todos e o Serviço é realizado vestindo o “kyoufuku” ou o “happi”, mas na maioria das igrejas, os executantes usam o “otsutomegui”. Existem pessoas que, pelo fato do Brasil ser muito quente ou por ser difícil de amarrar, não colocam o “hakama” masculino ou o “obi” feminino. No entanto, se houver esforço, é possível vestir. Por isso, é importante a postura em cumprir com o que foi determinado em Jiba.

· Nas igrejas onde há poucos executantes do Serviço, existem muitos lugares onde não se tocam os instrumentos femininos. Existem lugares onde os instrumentos não são nem colocados por não haver quem toque. Nos Episódios da Vida de Oyassama, número 54, temos as seguintes instruções de Oyassama: “É preciso completar os instrumentos de qualquer modo. Se não estiver treinada, sente-se em frente ao instrumento e toque com espírito. Aceitarei esse espírito.” Caso não haja quem toque, deve-se pedir para uma pessoa, seja adulto ou criança, sentar-se em frente ao instrumento. É importante a postura em desejar tocar com o espírito. Se esse espírito for aceito por Deus, algum dia receberão a graça de ter alguém que saiba tocar. Com o “Fue” e o “Kozutsumi” masculinos também é a mesma coisa.

· Como no Brasil o modo de vida normal é sentar-se em cadeiras, aos poucos está aumentando o número de igrejas onde se usa cadeiras para tocar o narimono, por exemplo. Creio que se pode mudar os assentos do narimono por cadeiras, mas antes de fazê-lo, devem consultar e ser autorizados pelas igrejas superiores. Tomem cuidado para não fazerem a mudança por conta própria. Nas igrejas onde o Serviço sagrado diário e a cerimônia mensal são feitos em cadeiras, é melhor que usem cadeiras sem encosto, mantendo a postura reta. Ao utilizar cadeiras, a reverência inicial aos três altares e a leitura da dedicatória devem ser feitas em pé. Existem igrejas onde há uma mistura de procedimentos em pé ou sentados no piso. Como fica muito confuso, devem unificar os procedimentos.

· O Serviço sagrado dentro da cerimônia mensal deve ser feito da forma determinada, com três revezamentos: Serviço sentado, primeira parte (Yorozuyo até Hino VI) e segunda parte (Hinos VII a XII). Depois, deve haver a palestra da cerimônia. Existem igrejas onde apenas o condutor faz uma pequena saudação, existem lugares onde os diretores ou Yobokus revezam-se para fazer a palestra, existem lugares onde se pede para que as pessoas que regressaram a Jiba e se tornaram Yoboku ou para que as pessoas que se formaram no Shuyokai façam seu relato de experiência. As palestras são importantes e servem para ajudar na maturação espiritual das pessoas que ouvem. As pessoas que fazem as palestras devem falar sobre os ensinamentos de Deus-Parens e sobre a fé. É importante orientar para que não falem apenas sobre experiências pessoais, mas que falem tendo o ensinamento como base. Quando o condutor faz apenas uma saudação em japonês no final, se houver pessoas que não falem japonês, deve haver tradução em português. Devem tomar cuidado para que não haja ninguém que fale que não entendeu o que o condutor disse.

· Existem muitas igrejas onde se faz o Serviço de solicitação para enfermos uma vez por semana. Existem alguns casos onde a graça já foi alcançada, ou a pessoa já retornou, mas continua-se fazendo a solicitação por essa pessoa. Para que não haja esse tipo de coisa, as pessoas que fazem a solicitação não devem apenas fazer a solicitação e parar por aí. Devem orientar de modo que, quando fizerem a solicitação, façam a oferenda para elevar a razão e quando receberem a graça, façam a oferenda de término da solicitação.

· Existem igrejas que fazem a reverência às cerimônias mensais da Sede no dia 25 à noite ou às cerimônias de suas respectivas igrejas-mor. No Dendotyo, fazemos a reverência à cerimônia mensal de Jiba depois do Serviço vespertino e depois, somente tocando o hyoshigui, dançamos todos juntos os 12 Hinos. Dessa forma, conseguimos animar Deus-Parens e Oyassama e nós mesmos também ficamos animados.

· Devem procurar manter a igreja sempre limpa, principalmente o recinto de reverência, limpando-o com frequência. Devem tomar cuidado para que não se acumule poeira nos altares, no piso elevado e nem nas cortinas de bambu. Como os altares e o piso elevado são feitos de madeira, devem deixar o local sempre bem arejado. Os altares são bastante vulneráveis a cupins, também. Aqui no Dendotyo, instruímos severamente sobre a abertura e fechamento das cortinas e janelas dos corredores do piso elevado. Se os raios solares batem diretamente, os altares e as bandejas vão ficando queimadas, com cor marrom. Se deixarem as janelas sempre abertas, entra poeira. Assim, as janelas são abertas e deixamos bem arejado durante o Serviço, mas depois, exceto nos horários de limpeza, deixamos fechado. Devem preocupar-se e cuidar da construção do recinto de reverência de modo que se possa utilizá-lo por longo tempo.

· As construções das igrejas receberam a permissão de Jiba. Não devem ser demolidas e nem se pode construir por conta própria. Ainda, o dia da cerimônia mensal não deve ser alterado por conta própria. Quando houver essa necessidade, deve-se consultar a igreja superior, regressar a Jiba, fazer a solicitação à Sede e receber a permissão de Oyassama.

· As cerimônias de casamento, funeral e intenção às almas dos fiéis devem sempre ser feitas pelo condutor. Cuidar das cerimônias formais dos fiéis é uma missão importante da igreja. Em algumas igrejas, quando falece algum conhecido descendente de japoneses, mesmo não sendo fiel da igreja, é feita a consagração da alma no altar dos antepassados. Ainda, nas cerimônias de homenagem às almas realizadas duas vezes ao ano, pede-se que os familiares reverenciem sem falta. Dessa forma, existem pessoas que passaram a reverenciar também a cerimônia mensal e se tornaram fiéis. Devem considerar isso como divulgação. Ao cuidarmos das pessoas próximas, estaremos expandindo o Caminho.

· Dentre os senhores, muitos não conseguem fazer a dedicação pessoal nas igrejas superiores porque elas se encontram no Japão. Acredito que a dedicação pessoal no Dendotyo pode ser considerada como uma alternativa e ser aceita por Deus-Parens. É importante que os condutores e as esposas de condutores cumpram pessoalmente a sua escala de plantão no recinto de reverência do Dendotyo, uma ou duas vezes ao ano, sem pedirem para diretores ou Yobokus da igreja irem em seu lugar. Ainda, quando vêm para a cerimônia mensal do Dendotyo, peço que não se limitem somente a cumprir sua escala na cerimônia, mas que façam o Hinokishin nos horários livres, de acordo com a divisão de tarefas determinada. Acredito que a razão do trabalho pessoal do casal de condutores é a semente da dedicação dos diretores e fiéis nas igrejas que estão sob seus cuidados.

· Gostaria de falar sobre as atividades mensais de uma determinada igreja onde fiz uma visita doutrinária, que acredito que possa servir como referência para os senhores. No refeitório da igreja há um quadro com a “escala para divulgação e salvação”, onde as pessoas são escaladas de segunda-feira a sábado, de manhã ou à tarde, de acordo com a sua conveniência. Domingo é livre. Havia o nome de 11 pessoas. Uma pessoa saía todos os seis dias, de manhã ou à tarde, uma pessoa saía cinco dias, cinco pessoas saíam duas vezes e quatro pessoas saíam apenas um dia. Havia também um quadro com a “escala de Hinokishin”, onde os Yobokus e fiéis eram escalados 10 dias por mês para fazerem o Hinokishin na igreja. Há duas pessoas que vão um dia, três pessoas que vão quatro dias, duas pessoas que vão sete dias, ou seja, os nomes são colocados no quadro de acordo com os dias que as pessoas podem vir para o Hinokishin. No total, 13 pessoas estão servindo. Dentro das atividades mensais da igreja, no primeiro domingo é realizada a cerimônia mensal. No segundo domingo, como essa igreja fica longe do Dendotyo, é realizado o Encontro de Estudo da Doutrina em japonês. No terceiro domingo, é realizado o Encontro de Estudo da Doutrina em português. Como o condutor da igreja fala tanto o japonês quanto o português, os encontros de estudo da doutrina ficam sob sua responsabilidade, enquanto o estudo do Serviço sagrado (otefuri e narimono) fica por conta do filho e dos diretores que se formaram no senshuka.

· Nos dias atuais, existe uma fartura de coisas e como podemos ter facilmente qualquer tipo de coisa, acredito que o sentimento de gratidão pelas coisas tem sido esquecido. Acredito que se a vida vai se tornando cheia de fartura, o espírito de crer em Deus vai se enfraquecendo. Acredito que estamos numa época difícil para se fazer a divulgação e a salvação, para se dedicar ao aprimoramento da igreja. Sem negligenciar o esforço das gerações anteriores na orientação das famílias dos fiéis e Yobokus, creio que o mais importante é continuar educando com firmeza essas famílias. Para que possamos animar os fiéis, para que possamos transmitir a alegria da fé, é importante que o casal de condutores trabalhe dia a dia alegre e animadamente a serviço do Caminho. Acredito que todos sabem bem o quanto de sacrifício temos que fazer para receber a graça de um novo seguidor.

· Atualmente, a Associação Infanto-Juvenil da Sede tem incentivado a realização de otomarikai nas igrejas. Creio que existem pessoas que não sabem direito como se relacionar com as crianças ou que pensem que não podem fazer atividades com as crianças devido a sua avançada idade, mas não precisam fazer as coisas pessoalmente. Podem deixar por conta dos mais jovens. Caso haja interesse, pode-se pedir para que um diretor ou um coordenador do Departamento Infanto-Juvenil do Brasil visite a igreja nessas ocasiões. Gostaria que conversassem com o diretor-presidente e que, o mais breve possível, possamos ter a realização do otomarikai em todas as igrejas. Depois, com a participação no Tsudoi, no Curso Estudantil e no Shuyokai do Brasil, creio que essas crianças poderão se tornar executantes do Serviço nas cerimônias mensais das igrejas dos senhores.

· Ao andarmos na divulgação e salvação, devemos primeiro convidar para fazerem a reverência na igreja. Depois, devemos convidar para participarem do Curso de Um Dia, do Koshu de cinco dias promovido quatro vezes ao ano no Dendotyo, do Curso Estudantil e do Shuyokai do Brasil. É importante fazer com que sigam o programa de instrução de recursos humanos, de modo que possam trilhar o caminho da maturação espiritual. Acredito que nesse ponto, o Brasil está melhor em relação aos outros países. Existe um programa estabelecido para a instrução dos recursos humanos e gostaria que o utilizassem amplamente para a educação dos fiéis.

· Dentre os senhores, existem aqueles que se tornaram condutores há mais de 20 ou 30 anos e existem aqueles que tornaram condutores há pouco tempo, como três ou cinco anos. Existem condutores pioneiros que fundaram suas igrejas e existem condutores da segunda ou terceira geração. Acredito que todos estão trabalhando dia e noite, dedicando-se de coração para o aprimoramento do conteúdo e o desenvolvimento das igrejas que receberam de Deus-Parens. No entanto, devem transmitir firmemente a posição de condutor à geração seguinte e devem firmar as bases da razão eterna da denominação da igreja.

Sobre a transmissão do Caminho às gerações futuras, o Shimbashira anterior, em sua palestra no encerramento do 25º Curso de Sucessores, em 21 de março de 1998, explanou de forma bem compreensível e gostaria de ler aqui:

“Pensando bem, a humanidade chegou até hoje acumulando várias gerações por longos anos. Daqui para frente também, deve continuar a viver pela eternidade. Entretanto, o ser humano tem uma vida limitada. Um mesmo ser humano não vive para sempre. Vamos pensar um pouco a respeito da posição que ocupamos como seres humanos que vivem um determinado tempo de vida. Primeiramente, pensando em si como centro, antes de nós tivemos a geração dos nossos pais. Antes dela, tivemos a geração de nossos avós. Pensando agora no que virá depois de nós, teremos as gerações de nossos filhos e netos. Pensando assim, vamos avançando com o acúmulo das gerações e do tempo. Certo dia, fiz uma comparação com uma corrida de maratona de revezamento. Todos os anos, no começo do ano, é realizada a maratona de revezamento entre Tokyo e Hakone. Certa vez, vendo a corrida pela televisão, me veio à mente a imagem do Caminho que veio sendo transmitido em meio às ondas do tempo, sendo passado da primeira para a segunda geração e assim por diante. Se pensarmos que a nossa vida corresponde a um trecho percorrido por cada corredor nessa maratona, a prova fica mais interessante de se ver. Cada corredor corre o trecho que está sob sua responsabilidade com todas as suas forças e entrega o bastão para o próximo corredor. Na prova de Hakone, alguns corredores pegam trechos em ladeiras e outros pegam trechos planos. Alguns têm que correm em meio aos barulhos da grande cidade. Acredito que cada corredor pega o trecho mais adequado à sua condição. Entretanto, o que é igual para todos os corredores é que cada um tem que procurar a melhor forma de correr o seu trecho e entregar o bastão ao próximo corredor nas melhores condições. Cada um tem a consciência de sua capacidade e treina de modo a corrigir os seus erros e dar o melhor de si para correr nas melhores condições possíveis. Para os espectadores, é emocionante ver todos os corredores trabalhando em união, cada qual esforçando-se para que o seu time possa vencer a competição. Da mesma forma, nós, que trilhamos o caminho da vida plena de alegria, sejamos da primeira ou da segunda geração, todos somos corredores que recebemos de Deus-Parens uma certa época para correr. Gostaria que pensassem que fomos escolhidos por Deus-Parens como corredores para esta determinada época. Houve a época em que Oyassama iniciou este Caminho da vida-modelo, a época em que o primeiro Shimbashira expandiu e preparou este Caminho para fora, a época em que o segundo Shimbashira pregou a efetiva restauração do Caminho, orientando dia e noite no sentido de que qualquer pensamento, qualquer ação, tudo fosse baseado nos ensinamentos de Oyassama. Pensando friamente a respeito disso, tenho a nítida impressão de que Deus-Parens, conhecendo tudo sobre as situações futuras, planeja de forma que a pessoa mais adequada receba o bastão e viva em determinada época. Agora, nós que recebemos o bastão, devemos nos esforçar para correr nosso trecho até o fim e cumprir com a nossa responsabilidade, passando o bastão para a próxima geração.”

É explicado que apesar de dizermos que somos o condutor de tal geração da igreja tal, isso é um trecho para o qual fomos escalados por Deus-Parens para correr e que o importante é cumprir com a nossa responsabilidade, correndo esse trecho com todas as nossas forças e entregando o bastão para a próxima geração.

Apesar de sermos condutores de igreja, somos seres humanos e podemos ter falhas e cometer erros. Quando falhar ou cometer algum erro, no momento em que se der conta disso, é importante refletir e reformar o espírito. Este comportamento é o que chamamos de “sunao”.

Para poder entregar o bastão para a próxima geração sem falha, é importante crer firmemente que o ensinamento de Oyassama é uma verdade sem nenhuma margem de erro e, sempre tendo como exemplo a vida-modelo de Oyassama, sem se desviar dela, devemos trilhar o Caminho da sinceridade com espírito verdadeiro, discernindo bem os movimentos da sociedade.

· Neste Caminho, temos aqueles que andam na frente e aqueles que são guiados depois, temos os que transmitem o ensinamento e os que recebem o ensinamento, temos os divulgadores e os fiéis. Essas são relações de “pais e filhos da razão”. São considerados pais e filhos no que tange a trilhar o caminho da fé. Os que guiam são os “pais da razão” e os que são guiados são os “filhos da razão”. Portanto, os senhores, do ponto de vista dos fiéis das igrejas confiadas por Deus-Parens aos senhores, são os “pais da razão”. As relações interpessoais são montadas por Deus-Parens, que tudo vê e tudo sabe, devido ao seu grandioso amor parental. Mesmo para atrair a este ensinamento da salvação verdadeira, Deus-Parens verifica a predestinação de cada um e liga cada pessoa àqueles que considera mais adequados, associando aqueles que vão cuidar e aqueles que serão cuidados no que se refere ao caminho da fé. Esses é que são os “pais e filhos da razão”. Tornar-se “pai da razão” significa que, tomando o lugar do Parens verdadeiro e original, de Deus-Parens e Oyassama, recebemos a missão de dar e de transmitir o amor parental. É importante, primeiramente, seguir Oyassama como verdadeiros filhos que somos, trilhar seriamente o caminho da vida-modelo e ter o sentimento de que estamos orientando as pessoas no lugar do Parens verdadeiro, de Deus-Parens e Oyassama.

Nas Indicações Divinas, temos: “Se passar com espírito grande, tornar-se-á grande; se passar com espírito pequeno, tornar-se-á pequeno. Com pais zangados, como os filhos vão se educar? Todos devem substituir o Parens. O papel dos pais é conduzir de modo que fiquem satisfeitos.” (7/Jul/1888) Explica que o trabalho dos pais da razão é educar os fiéis no lugar de Deus-Parens e Oyassama. Ainda: “A origem é o Parens. A razão do Parens, se educar com a razão do afeto, em qualquer lugar se educará. Para educar tornando-se pais, devem educar com a razão do afeto.” (29/Nov/1889) Explica aqui para educar os fiéis com o espírito afetivo de Deus-Parens. Ainda: “Em qualquer coisa, o papel dos pais é educar mesmo onde não é possível”. (13/Nov/1898) Explica que o trabalho do condutor é educar mesmo em meio a sacrifícios e situações difíceis.

· Uma igreja só pode ser estabelecida depois de receber a permissão de Jiba, é o lugar onde é assentado o símbolo divino de Deus-Parens e Oyassama e que leva a razão de Jiba. Assim, Jiba é a fonte da vida de uma igreja e, somente se ligando firmemente a Jiba, uma igreja pode se desenvolver e crescer.

Nas Indicações Divinas, temos: “Existindo a razão da Sede, existe a razão das igrejas, são coisas com o mesmo ar. Se esse espírito único não for determinado, o Céu não poderá trabalhar.” (13/Dez/1906) Ainda: “Falando de Caminho, é eterno. Ainda, a denominação é uma razão eterna.” (19/Jan/1901) Explica que a igreja é algo que deve seguir eternamente viva. Ainda: “Se conceder um nome, tornar-se-á um símbolo eterno.” (9/Ago/1888)

· O condutor de igreja não se define somente com a deliberação e o compromisso entre as pessoas. Somente é determinado quando se solicita em Jiba e se recebe a permissão. Para fundar uma igreja, primeiramente se forma um grupo de pessoas lideradas por um Yoboku que, em busca da vida-modelo de Oyassama, se dedicou à divulgação e à salvação, orientando e instruindo essas pessoas. Em seguida, como resultado da deliberação de todos, estabelecendo o pai da razão, a pessoa que veio liderando, orientando e instruindo os outros como o condutor, é solicitada a permissão para a razão da denominação de igreja. Porém, mesmo que se determine a pessoa a se tornar condutor através da deliberação entre as pessoas, desde que se recebe a permissão de Jiba, não se pode dizer que foi definido com base na deliberação e no compromisso entre os homens. Foi determinado por Deus-Parens, aceitando o espírito unido de todos. Pode-se dizer que se recebeu a posição e a virtude, e que é uma grande missão atribuída por Deus-Parens como o cerne da igreja que deve durar eternamente.

Nas Indicações Divinas temos: “Uma pessoa que vai à frente, educando as que vêm depois. Este é o Caminho.” (19/Set/1898) Diz que a missão do condutor é se colocar voluntariamente na liderança, trilhando a vida-modelo de Oyassama e educando com sinceridade as pessoas que vêm depois. Ainda, temos: “Mesmo aqueles que não sabem ler, entendam a razão usada no Caminho”. (11/Out/1895) Ensina que este Caminho não é o mundo dos estudos e nem das teorias. É o Caminho da sinceridade que salva todas as pessoas a partir unicamente do espírito e não se nomeia o condutor de acordo com o seu estudo ou o seu histórico. A questão principal é até onde podem corresponder à intenção de Deus-Parens, até onde podem seguir a vida-modelo de Oyassama. A fé do condutor, a postura de seu espírito é que é mais importante. Nas Indicações Divinas, temos: “Tenho permitido a razão da denominação individualmente. Em cada igreja, em cada denominação, existe uma pessoa que é o cerne. Entendam bem. Compreendam o espírito a partir dessa pessoa.” (31/Out/1900) Ainda: “Uma cabeça. Se a cabeça não funciona, nada funciona. Sem deixar que pare de funcionar, se passar todos os dias contente, a razão circulará. No entanto, se fizer as coisas dizendo ‘que coisa insignificante’, a coisa insignificante é que circulará.” (15/Jul/1901) Explica que o condutor é aquele que se torna o cerne, ou seja, apesar de existir o condutor, a partir dessa pessoa, devem compreender o espírito de Deus-Parens. A “cabeça” se refere à parte do pêndulo de um sino de igreja, pendurado como se fosse a cabeça de um dragão, ou ainda, refere-se ao botão de corda de um relógio, que serve para dar corda ou mover os ponteiros. Refere-se à parte mais importante. O condutor é essa importante “cabeça”, é o cerne. Se o condutor errar no uso espiritual, se errar na direção a seguir, vai fazer com que todos aqueles que vêm depois errem também. Assim, é orientado para que o condutor ande voluntariamente pelo caminho da dedicação única a Deus.

· Nas Indicações Divinas temos: “Que a primeira geração veja as dificuldades da primeira geração. As dificuldades foram de longo tempo. Que a segunda geração veja as dificuldades da segunda geração. A terceira geração ficará sem qualquer dificuldade. No entanto, o ser humano não tem jeito. Desfrutando o prazer do momento, o ser humano não tem jeito. Desfrutando o prazer, não tem jeito. Por esse momento consegue passar. Porém, ficando sem o mérito da razão da eficácia, nada se pode fazer.” (21/Mar/1889) Ainda: “Pelo fato dos pais terem passado por dificuldades é que existe o dia de hoje. Acumulando trabalho e eficácia é que existe o caminho de cada um.” (3/Ago/1895)

Os da primeira geração desbravaram as matas virgens, dedicando-se à divulgação e passando por um longo caminho de sacrifícios. Os da segunda geração, auxiliando os da primeira geração, devem ter compartilhado esses sacrifícios. Comparado a eles, os da terceira geração já não terão nenhuma dificuldade. O recinto de reverência já está construído, os Yobokus e fiéis já existem, ou seja, não há sacrifícios como na primeira geração. Entretanto, o ser humano, quando tem tudo à disposição e tem tudo pronto, passa a buscar somente o contentamento momentâneo e fica com o espírito de viver apenas na facilidade. Dessa forma, não tem jeito. Orienta que, mesmo sendo da terceira geração, se negligenciar a atitude de acumular a razão da eficácia salvando as pessoas, passará a ter dificuldades no futuro.

Todos nós, ao invés de trilhar o Caminho apenas acumulando os conhecimentos, devemos viver seriamente o dia a dia buscando o ensinamento e tendo no coração a mesma convicção incandescente da fé da primeira geração. Devemos ter o espírito de gratidão e retribuição aos antepassados pela situação que nos foi concedida hoje, e ter a consciência de que caminhando pessoalmente, com as próprias pernas, o caminho verdadeiro e sincero da dedicação única a Deus poderemos receber a maravilhosa graça de Deus-Parens e a calorosa orientação de Oyassama.

· No segundo capítulo da Doutrina, temos: “o Serviço e a Concessão constituem o caminho da dedicação única à salvação, o qual Deus-Parens ensinou devido ao veemente amor parental de conduzir toda a humanidade para a vida plena de alegria e felicidade. Por meio disto, as doenças serão desarraigadas, as poeiras espirituais serão limpas e o mundo regenerar-se-á transbordante de alegria.” Devem ter a firme convicção de que este é o único e verdadeiro caminho que levará à reforma deste mundo para a vida plena de alegria através do Serviço e do Sazuke. Se houver alguém que pense que não se pode salvar com o Serviço e com o Sazuke, é porque não acredita nos trabalhos de Deus-Parens e assim não é possível receber a graça. Onde quer que seja, devem crer no trabalho de Deus-Parens e se dedicar com afinco à salvação. Gostaria que trabalhassem animadamente daqui para frente também como casal de condutores até entregarem o bastão para a próxima geração. Assim encerro minha palestra.