Tyotyo_2005.04

Tyotyossama - Curso dos Condutores das Casas de Divulgação - 2005.04

Daqui nove meses, finalmente, nós estaremos realizando em Jiba a Cerimônia Decenária de 120 Anos de Ocultamento Físico de Oyassama. No dia original da Cerimônia Decenária de Oyassama, no dia 26 de janeiro de 1887, encurtando 25 anos de sua vida, Oyassama ocultou o seu corpo deste mundo. Desta maneira, a partir desse dia, nós, seres humanos, não pudemos mais reverenciar Oyassama com nossos olhos. Porém, através da Indicação Divina ensinou que, apesar de Oyassama ter ocultado o seu corpo, agora também, sem mudança alguma, morando na Residência Original, com a proteção como em vida, percorrendo todas as partes do mundo, está trabalhando na dedicação única à salvação com imutável amor materno e por todas as gerações.

Depois que Oyassama ocultou o seu corpo, ao consultar a intenção divina através do mestre Izo Iburi, tiveram as seguintes palavras:

“Nivelarei a terra. Estão todos reunidos? Compreendam bem. O que disse até agora deixei colocado na caixa da verdade. Porém, como saí abrindo o portal, por amor aos filhos, encurtei 25 anos da vida que o Parens tinha ainda pela frente e começo a salvação a partir de agora. Fiquem observando bem. Fiquem observando bem o que foi até agora e o que será doravante. Perguntei se desejavam a terra nivelada abrindo o portal ou fechando-o. Não disseram para nivelar a terra abrindo o portal? Fiz como desejaram. Até agora havia algo que queria dar aos filhos. Porém, não pude dar devidamente. Doravante, será entregue gradualmente. Ouçam bem.”

Disse que, doravante, Deus-Parens fará do mundo uma terra nivelada. Que fará o mundo de vida plena de alegria e felicidade, um mundo sem altos e baixos. Oyassama é sacrário de Tsukihi. Deus-Parens tinha se introduzido no corpo de Oyassama, mas daqui em diante, abrindo o portal desse seu sacrário, encurtando 25 anos de vida que ainda tinha pela frente, percorrerá o mundo salvando todos. Se tiver o corpo, a área de ação ficaria limitada, mas ocultando o corpo, com a alma será possível salvar indo a qualquer lugar do mundo. Para isso, até o presente, embora desejasse dar aos filhos, as pessoas que vêm a seguir este Caminho, a razão de Sazuke, não pode fazê-lo suficientemente. Porém, daqui em diante, entregará gradualmente. Com essa razão de Sazuke Oyassama irá trabalhar.

Recebendo esta Indicação Divina, os mestres dessa época, vagamente, compreenderam que Oyassama ocultou o seu corpo, mas continuaria a trabalhar eternamente tal como no tempo de sua vida física.

Aqui nasceu a fé na razão da Oyassama eternamente viva, na proteção da Oyassama eternamente viva.

De qualquer modo, Shimbashirassama I e os mestres tinham que tomar as providências para funeral de Oyassama. Para isso, era preciso chamar um médico para que ele escrevesse o atestado de óbito. Onde sepultar? É natural que não tivessem preparado um cemitério. Resolvido vários problemas, ficou decidido que sepultariam no cemitério dos antepassados da família Nakayama que ficava no Templo Zempukuji, na vila de Magata. No dia 1º de fevereiro do calendário lunar foi celebrada solenemente a Cerimônia de Sepultamento.

Terminado o funeral, os ânimos serenaram, mas entre os mestres dessa época e os fiéis havia ainda aqueles que não tinham se convencido de que Oyassama ocultou o seu corpo físico. Isso é natural. Como que observasse o espírito das pessoas da época, no dia 2 de fevereiro do calendário lunar, receberam a seguinte Indicação Divina.

“Não compreendem, não compreendem nada. 115 anos, 90 anos ... Não compreendem isto também. Faltam 25 anos. O que significa? Nada compreendem de modo algum. Abreviando 25 anos, apressando a salvação e abrindo o portal, saí para nivelar o mundo. Só Deus tem esta plena onipotência. Ninguém poderá impedir-me. Deus não diz coisas erradas. Compreendam bem. De agora em diante, o que quer que ouçam e vejam, tudo será somente prazer. Será prazer. Compreendam bem. Farei gradativamente explanações em tempo oportuno.”

Oyassama ensinou que o termo natural de vida é 115 anos, mas por que ela ocultou o seu corpo aos 90 anos de idade? Não é que não entendem. Se a Oyassama estivesse presente fisicamente, com a rigorosa perseguição e intervenção das autoridades, quando executasse o Serviço Sagrado, os policiais vinham a Residência, levavam a Oyassama a cadeia e impediam o Serviço Sagrado, assim o caminho da salvação do mundo atrasaria. Por isso, encurtou 25 anos que teria ainda. E com a alma salvará indo a qualquer lugar do mundo. Isso não seria possível se não fosse o Deus-Parens da criação deste mundo. Como Oyassama não está presente fisicamente, os policiais não virão impedir e como Deus-Parens declarou que irá nivelar este mundo, não tem dito uma mínima coisa errada. Daqui para frente, tudo que virem ou ouvirem doravante lhes proporcionará grande prazer e alegria somente. Desta maneira, explicou detalhada e afetuosamente.

As pessoas da sociedade achavam que com o ocultamento físico de Oyassama era o fim do Tenrikyo. Entre os seguidores também, muitos pensavam assim. Quando chegou ao estado com que as luzes apagassem, o estopim foi a Indicação Divina.

Não poderiam reverenciar Oyassama fisicamente, mas através da Indicação Divina, as pessoas da época podiam ouvir as palavras dela.

Na Indicação Divina, temos:

“Diz-se seki quando introduzo. A razão de estar eternamente viva é a mesma coisa.” 22 – 11 – 1892

“A razão de fazer as indicações, revelando-se ao mundo, é a do Parens estar vivo; diz-se a razão de Oyassama . ... No dia a dia, dizendo seki, conduz nos problemas circunstanciais, concede a cada um, a cada um satisfatoriamente a razão, é também a mesma razão da Oyassama eternamente viva.” 15 – 5 – 1901

“Agora, dizendo de seki, digo ser diferente de Oyassama. Porém, tudo que falo introduzindo nele tem a mesma razão de Oyassama. Assim deixo explicado.” 27 – 7 – 1904

Explicou que Honseki não é igual a Oyassama, mas quando Oyassama introduzindo-se nele concede a Indicação Divina, essas palavras são iguais de Oyassama.

E também, para que convencessem claramente que Oyassama trabalharia tal como em vida, dois dias depois do funeral de Oyassama, no dia 25 de fevereiro de 1887, deu a seguinte Indicação Divina de tempo oportuno:

“Primeiro, a salvação do parto. Em três dias, três vezes de três grãos. Três vezes três, nove multiplicado por cem. Oferendando isto no Kanrodai, fazendo o Serviço e transmitindo a respeito de Jiba original, concederei a Permissão do Parto Feliz.”

Depois do ocultamento físico de Oyassama, pensavam que não receberiam mais a Permissão do Parto Feliz. Como que apagasse essa preocupação, era a Indicação Divina de que daria a Permissão do Parto Feliz tal como antes. Realmente, as pessoas que receberam, foram abençoadas com a maravilhosa proteção como antes.

Juntamente com a Permissão do Parto Feliz, no dia 25 de março do mesmo ano, o mestre Izo Iburi ficou estabelecido como Honseki. Nessa noite, a primeiro razão de Sazuke concedido pelo Honseki foi o Sazuke de Kanrodai para Yahei Nishiura. Assim, gradualmente, concedeu a razão de Sazuke aos mestres e com esta razão o caminho se expandiu com todo vigor por todo o Japão.

Porém, através da Indicação Divina pode se sentir que somente com isso, a fé em Oyassama eternamente viva ainda não tinha estabelecido no espírito das pessoas dessa época. Na solicitação da Indicação Divina referente ao problema de saúde de Sato Iburi, de 24 de janeiro de 1889, temos:

“Onde se faz prazer de 115 anos, onde se encurtou, dizem ser mentira. Onde se encurtou dos 115 anos, previamente, é pela causa de um caminho, é pela causa de um mundo, é pela causa de uma sincera salvação; não é pela causa do Japão todo, é por uma razão de três mil mundos, que se iniciou esta razão única.”

Explicou que concede aos seres humanos o prazer de viver até 115 anos, mas como Oyassama ocultou o seu corpo físico aos 90 anos, há pessoas que pensam que ela disse mentira. Porém, encurtou 25 anos que tinha por desejar salvar o mais breve todos do mundo e não somente do Japão.

Ainda, até o ano de 1890, veio concedendo como amuleto o quimono vermelho que Oyassama havia usado, mas como tinha entregado tudo, consultou a Indicação Divina sobre como fazer daqui em diante. É a Indicação Divina de 17 de março.

“Sobre o que indagam, o amuleto deve continuar para sempre. O quimono vermelho não dura para sempre e pensam que basta comprar tecidos na medida e distribuir. Mas devem costurar o quimono vermelho, oferendar e pedir para que o vista. Com isto, digo que é o caminho imutável para sempre.”

‘Solicitando Indicação se devem oferendar o quimono no altar de Oyassama ou pedir para o Honseki vesti-lo.’

“Estou residindo até agora. Não tenho ido aonde quer que seja. Não tenho ido aonde quer que seja. Devem refletir vendo o dia a dia do caminho.”

‘Insistindo, deve-se costurar o quimono e solicitar a Oyassama que o vista, oferendando-o no altar?’

“Costurando bem, informem que a troca das vestes ficou pronta. Quimono simples no verão e quimono com forro no frio; façam peças das respectivas estações do ano. Trabalharei vestindo-as. Apenas não podem ver a imagem. É a mesma coisa. Somente não há a imagem.”

Receberam a Indicação Divina que explica compreensivelmente sobre Oyassama eternamente viva. Atualmente, nós já compreendemos por aqui a razão da Oyassama eternamente viva, mas entre as pessoas dessa época ainda havia quem não tivesse estabelecido no coração.

Na Indicação Divina sobre o problema de saúde de Honseki, do dia 20 de fevereiro de 1891, temos:

“Se todos, cada um, cada um passar com espírito de estar presente fisicamente, mostrarei o caminho tal qual. Registre firmemente com pincel e transmita a todos, a todos.”

E também na Indicação Divina de solicitação referente a problema de saúde de Yoshie Nagao, filha mais velha de Honseki, do dia 18 de fevereiro de 1892, temos:

“... Dizendo servir, como tem feito? Diariamente, deixando limpa a sala de estar, as refeições do dia a dia, devem ser feitos de coração, com todo empenho tal como em vida.”

‘A refeição deve ser servida três vezes ao dia?’

“Espírito, espírito é espírito. É recebido a intenção do espírito. Onde é uma vez, se conduzir duas vezes, três vezes, proporcionalmente dia a dia a razão aumenta. Quanto a isto tenham alegria dia a dia.”

‘Mais tarde.’

“Estabelece-se o problema de uma pessoa. Durante a escuridão, desejo que acendam duas em vez de uma, e os que têm intenção vivam explanando também. Se terminar o dia, acaba nisso. ... O espírito de estar lavando, limpando e preparando bem o local do banho, deixo pedido a todos, um a um, com um espírito.”

Aqui explica que a refeição diária de Oyassama é três vezes e quanto à maneira de ser, acender a luz ao entardecer, deixar a banheira limpa ao terminar o dia e no dia seguinte preparar de novo, servindo-a tal como em vida.

Até as pessoas de essa época estabelecerem realmente no espírito que Oyassama está eternamente viva passou cinco anos.

Há 110 anos foi celebrada maravilhosamente a Cerimônia do Primeiro Decenário de Oyassama em Jiba. Depois de um mês, foi decretada a “12ª Portaria do Ministério do Interior”, ou seja, a portaria confidencial. Era o grande nó da repreensão ao Tenrikyo do governo de extensão nacional.

Os três pontos apontados eram:

Negam assistência médica e o uso de remédios.

Impõem contribuições.

Misturam homem e mulher no mesmo recinto.

Para por em prática as alterações, toda vez, consultavam a Indicação Divina. A primeira parte do Serviço da Manhã e da Noite, “ashiki haroute ... (limpando os males), de 21 vezes, foi suspenso, no Serviço Mensal colocavam as máscaras em cima da mesa e executavam apenas com os homens, o instrumento feminino era por hora objeto de observação e mudaram o nome divino para Tenri-Ô-Kami. Era muito grave.

Juntamente com essa repreensão externa, no ano seguinte, 1897, surgiram os problemas internos. O caso Ando de heresia de Iwajiro Iida, conhecido como o caso da residência da água e depois o caso Maebashi, onde os diretores administrativos Kikutaro Maegawa e Kiyoshi Hashimoto da Sede da Igreja solicitaram a renúncia.

Iwajiro Iida nasceu e cresceu próximo a Horyuji, na província de Nara, mas na infância com forte dor de barriga foi salvo a vida quase perdida pela Oyassama. Depois seguiu fervorosamente, recebeu a razão de Sazuke da Água e tornou-se condutor da Igreja Heian. Porém, começou a dizer que a sua casa era a residência da água e a Sede da Igreja a do fogo, por isso a água ganharia do fogo. Como esta heresia induziu os diretores e os fiéis. Desta maneira, a Sede da Igreja enviou as pessoas por várias vezes para solucionar o caso, mas não quis retratar-se. Consultou a Indicação Divina e destituiu do posto de instrutor, a Igreja Heian foi transferida para outro local e foi buscar o símbolo divino. Parece que houve muitas discussões, mas nessa ocasião, chegou à informação que os partidários de Iida, indo a Tóquio, estavam tentando conspirar alguma coisa. Kititaro Matsumura, diretor da Sede de Igreja, foi a Tóquio para tomar as devidas medidas na Sede Central da Xintó e nas repartições do governo. Nessa ocasião, surgiu uma ferida na perna direita de Matsumura e foi crescendo e como não melhorava, consultaram a Indicação Divina em Jiba.

É a Indicação Divina da noite de 23 de dezembro de 1897. Nessa Indicação Divina, temos as seguintes palavras:

“Até agora, por mais que trabalhem, pensem na razão de Oyassama, que perpassou. Observem a razão de Oyassama que passou sem ver a graça em vida, sem a razão de prazer algum. Quanto mais se trabalha, se cada qual tiver a sinceridade individual no espírito, não haverá passos em falso. Se disser isso, devem compreender. Se trabalharem, tudo o que for trabalhado, verão doravante. Devem deixar bem entendido.”

Receberam estas palavras gratificantes.

Explicou que, quando Oyassama estava presente fisicamente, sem nenhum prazer, passou animada em meios às diversas dificuldades e sacrifícios, mas observem a razão de Oyassama que ocultou fisicamente sem ver a razão da prosperidade. Quanto mais trabalharem, se cada um passar o caminho da sinceridade, não haverá passos em falsos, nem dirá coisas equivocadas e, com certeza, mostrará a magnífica razão da prosperidade. Apesar de estar trabalhando fervorosamente para este Caminho, por que surgiu a ferida na perna e tem que sofrer? Talvez, tenha havido um descontentamento. Depois de receber esta Indicação Divina, a ferida ficou pequena e melhorou em poucos dias.

Nós também, ao passarmos por este Caminho, creio que, defrontamos por vários nós, por fatos tristes e dolorosos indescritíveis, mas, nessas ocasiões, devemos passar recordando esta Indicação Divina e relembrando que Oyassama passou radiante e animada em meios as diversas adversidades.

Nós, yobokus, após recebermos a razão de Sazuke na presença de Oyassama, recebemos “Okakisague”, palavras divinas para yoboku, na sala de palestras e os mestres mediadores nos instrui esses pontos importantes.

No Okakisague, temos:

“Digo diário e digo constante. Digo que o diário e constante é a sinceridade. Falando em espírito de sinceridade, visto superficialmente, parece muito frágil; porém, não há nada mais firme e duradouro. A sinceridade é a razão do céu. Como razão celestial, receber e retribuir imediatamente é uma verdade. Que ouçam e compreendam bem. Outrossim, se há sinceridade no espírito de cada um, individualmente, então, estabelecer-se-á uma verdade, a harmonia perfeita nas relações entre os teus. Bem, o mundo apreciará isso com grande admiração. O indivíduo ou pessoa assim admirada é o que se diz abençoado com a proteção divina onipotente em virtude da sua sinceridade constante. Que escutem bem.”

Para nós, yobokus, o caminho a ser percorrido por toda vida é somente o da prática da sinceridade. Para se falar é muito fácil, mas a sua prática é difícil. Porém, se não perdemos de vista a vida-modelo deixada por Oyassama, poderemos passar por esse caminho da sinceridade.

Se na família houver pelo menos uma pessoa com espírito sincero, essa família será sempre harmoniosa e isso irá se propagar por todo o mundo fazendo com que se concretize a vida plena de alegria e felicidade.

Certo dia, Oyassama disse ao mestre Izo Iburi:

“Senhor Izo, neste Caminho acumule virtudes na sombra. Por mais que trabalhe na frente das pessoas, se ficar vadiando na sombra e se falar mal das pessoas às escondidas, não haverá o reconhecimento por parte de Deus-Parens. Se tornar uma pessoa que só recebe favores dos outros as suas virtudes estarão acabadas.”

Para o mestre Naokiti Takai, ela ensinou o seguinte:

“O trabalho que as pessoas não gostam deve ser realizado com mais alegria. Este é o verdadeiro trabalho das pessoas desse Caminho.”

Este é um fato contado pelo mesmo mestre Naokiti Takai para o seu neto Torao Takai, diretor da Sede:

“Quando as pessoas nascem, cada um tem determinado o seu período de vida. Durante este período da vida, cada um tem a sua virtude que determina o quanto vai poder comer, o quanto vai poder possuir as coisas e o quanto vai poder usá-las. Se usá-las em demasia e rapidamente todas as coisas, terá que devolver mais rápido o corpo. Se economizar e comer sem extravagância e usar as coisas com cuidado, poderá ter por mais tempo todas as coisas. Se desejar devolver mais rápido o corpo, não precisa economizar, é só comer e usar tudo rapidamente. Se desejar ficar mais tempo com vida, deve usar e ter cuidado com todas as coisas, economizando tudo. É por isso que se deve acumular virtudes e com isso aumentar a graça que recebemos de Deus-Parens.”

Nesta época oportuna, o mais importante é manter diariamente o espírito de moderação e gratidão e passar pessoalmente o caminho da sinceridade.

Nos Episódios da Vida de Oyassama temos o episódio 122, “Se houver virtude”. Como não é muito longo, lerei por inteiro.

“No verão de 1883, toda região de Yamato foi assolada por uma grande seca. Issaburo Massui ainda era lavrador na vila de Izu-Shitijo; entretanto, passava dias seguidos na Residência, ajudando na lavoura. Então uma pessoa de sua casa veio chamá-lo: ‘A vila esta ocupadíssima em irrigar o arrozal. Todos estão trabalhando e reclamando que o Issaburo nem aparece. Gostaria que voltasse nem que fosse para dar uma satisfação.’

Como Issaburo já não se importava com o seu arrozal, respondeu simplesmente que, apesar de tudo, não podia voltar, e dispensou o mensageiro. No entanto, pensou: ‘É gratificante poder colocar mesmo que seja um pouco de água na lavoura da Residência nesta grande seca e estou satisfeito com isso, mas é imperdoável descontentar os vizinhos.’ E reconsiderando, decidiu voltar pelo menos uma vez. Ao despedir-se de Oyassama recebeu as seguintes palavras:

‘Embora não chova, se houver virtude, farei subir a umidade.’

Ao voltar, encontrou a vila agitada, com todos empenhados em retirar a água dos poços da baixada, dia e noite. Issaburo foi ao arrozal com a esposa Ossame e carregou a água até altas horas da noite, irrigando apenas a lavoura alheia.

Ossame misturou a água recebida da poça próxima ao Pedestal de Néctar com a de sua casa e respingou com ramos de arroz em redor da sua lavoura, duas vezes por dia, uma de manhã e outra de tarde.

Alguns dias depois, ao verificar antes do alvorecer o seu arrozal, Ossame encontrou-o milagrosamente umedecido com água brotada da terra. Lembrou as palavras de Oyassama e ficou profundamente impressionada pela sua exatidão.

No outono, toda a vila teve má colheita; porém, a família Massui teve a graça de obter uma excelente produção de arroz (um koku e seis tos de arroz por tan).” (um tan representa 990m2 e um koku e seis tos representam 290 litros)

Conforme este episódio, Deus-Parens irá aceitar o quanto se trabalhar, o quanto se dedicar. Também, na época em que Oyassama ainda estava fisicamente presente, Tyushiti Yamanaka, que teve a enfermidade de sua esposa Sono salva, regressava repetidas vezes a Jiba. A vizinhança fazia comentários maldosos, dizendo que Tyushiti tinha sido enganado por uma raposa ou por um texugo. Sem se importar com isso, Tyushiti esperava o alvorecer e andava todos os dias de manhã os oito quilômetros até a Residência com uma marmita pendurada na cintura. Porém, como os Yamanaka viviam na profunda pobreza nessa época, por ser uma comida simples, muitas vezes Tyushiti levava a marmita de volta para casa sem nem sequer abri-la. Algum tempo depois, as coisas melhoraram de forma que ele começou a regressar levando uma porção de um sho (1,8 litros) de arroz branco. A pessoa encarregada da cozinha da Residência na época, a filha caçula de Oyassama, Kokan, sempre que ficava sem arroz, ficava à espera da chegada de Tyushiti do outro lado do rio Furu. Tyushiti sempre levava o arroz embrulhado numa bolsa vermelha. Essa bolsa vermelha podia ser vista de longe e Kokan sempre se alegrava ao ver a bolsa. Ouvindo essa história, a esposa Sono e a filha Koiso sugeriram por que não fazer a oferenda de um fardo com cinco to (cerca de 50 shos) de uma vez. Como tinham uma casa de penhores, uma oferenda desse porte não seria problema para a família Yamanaka. Assim, o reverendo Yamanaka conversou com Oyassama, que lhe disse: “O importante é que venha conduzir todos os dias.” Ouvindo isso, o reverendo Yamanaka voltou a regressar todos os dias carregando a bolsa vermelha com um shô de arroz.

Através desse episódio, é nos ensinado sobre a importância de se conduzir todos os dias à igreja, sobre a importância de acumular virtudes no dia a dia. Para os que podem, não há problema em fazer uma grande oferenda de uma só vez, mas é muito nobre praticar o espírito de retribuição todos os dias pela graça de estar sendo vivificado.

No dia 25 de outubro de 1998, em Jiba, foi realizada a Cerimônia de Sucessão da Razão de Shimbashira, onde o atual Shimbashirassama sucedeu do anterior e anunciou a Instrução 1. Nós, yobokus, recebendo o novo Shimbashirassama, com o coração cheio de esperança, avançamos animadamente na salvação do mundo.

Nessa Instrução 1, Shimbashirassama instruiu o seguinte:

“No mundo, os conflitos não cessam ainda, as ambições insaciáveis ameaçam o meio ambiente, que é a fonte da vida, e podem cessar o futuro da humanidade. As pessoas estão sendo arrastadas pelo pensamento de ‘se ao menos eu estiver bem, se ao menos estiver bem agora’, e enfraquecendo o vínculo entre marido e mulher e entre os pais e os filhos, abalam os alicerces da sociedade. De fato, não há época que esteja precisando tanto de um ponto de apoio seguro como hoje.

Agora é a época de levar ao conhecimento de todos o Parens original, mostrar a verdade do seu amor parental e a meta da vida humana, estender o espírito de moderação e de salvação mútua e promover a reforma do mundo.”

Porém, por falta de força e de esforços de nós, yobokus, vai aprofundando cada vez mais os conflitos no atual mundo. Depois do atentado terrorista em Nova York, nos Estados Unidos da América, em 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos e os países aliados começaram a guerra no Afeganistão, no Iraque e os atentados dos terroristas têm se espalhados com freqüência em diversas localidades do mundo.

Há mais ou menos 130 anos, em fevereiro de 1877, aconteceu à última guerra civil Seinam, no Japão. Na ocasião da revolução de Meiji, um dos revolucionários e principal participante chamado Saigo Takamori, da província de Kagoshima, influenciado pelos guerreiros desta província que diziam que eles não eram felizes como guerreiros, iniciaram uma revolta contra o novo governo. Mesmo sendo japoneses, para poder manter os seus ideais e opiniões, fizeram guerras, sendo este a última guerra civil do Japão.

Nesta época, em Yamato, onde Oyassama vivia, creio que a notícia também chegou com o passar do tempo. Nos versos escritos nessa época, em 1877, na parte XIII, do verso 43 ao 46, temos:

Todas as pessoas do mundo são igualmente irmãos,

não há quem seja estranho.

Não há quem conheça esta origem.

Isto é o pesar de Tsukihi.

Tanto as pessoas que vivem nos altos montes

como no fundo do vales, são todas almas iguais.

Além disso, os instrumentos usados gradualmente

são todos emprestados por Tsukihi.

Significa que, todas as pessoas do mundo são queridos filhos de Deus-Parens e igualmente irmãos e irmãs entre si, não havendo nenhuma pessoa estranha. O maior pesar de Deus-Parens é por não haver pessoas que conheçam esta verdade. As pessoas que estão nas altas posições da sociedade, como também as que estão na posição mais humilde, todas possuem igualmente uma mesma alma concedida por Deus-Parens. Além disso, os instrumentos que todos estão usando, isto é, o corpo humano, tudo é emprestado por Deus-Parens.

Continuando, temos os versos de 47 a 52 que diz:

Sem saber disso, o espírito humano

julga que há tanto o alto como o baixo.

Tuskihi deseja ensinar esta verdade ao mundo inteiro.

Fiquem firmemente cientes.

Se ao menos ficarem certamente cientes disto,

as raízes dos conflitos serão cortadas.

Tsukihi deseja sinceramente pôr fim

ao menos às guerras dos altos montes.

Como fazer para pacificar estas situações?

Se começarem a executar o Serviço Alegre...

Não julguem de quem seja esta intenção.

É somente do espírito de Tsukihi.

O significado dessas palavras é que os seres humanos, por não conhecerem a verdade que todos são iguais, ficam achando que são poderosos e discriminando os mais fracos e humildes. Porém, não sabem que isto é que está errado. Deus-Parens deseja fazer com que esta verdade seja conhecida por todos os seres humanos. Se pelo menos esta verdade se estabelecer no espírito de todas as pessoas igualmente, não iriam acontecer mais as guerras e os conflitos. Deus-Parens está desejando realmente que os poderosos parem de brigar pelo poder, pois assim a paz chegará ao mundo. Para que isto aconteça, o que seria necessário fazer? É a execução do Serviço Alegre. Dessa maneira, recebendo-se a razão do Serviço, Deus-Parens irá conceder a sua proteção divina onipotente, chegando a acabar com todos os tumultos e agitações. Não podem pensar que isto está sendo dito por um ser humano. São palavras de Deus-Parens, criador do mundo, devido ao seu amor parental de querer salvar todos os seus queridos filhos.

Há 130 anos, os japoneses ainda se matavam entre si, e nessa época, Deus-Parens, através de Oyassama, esclareceu que todas as pessoas do mundo são igualmente irmãos, e que pela característica da alma, todos são iguais, não havendo superiores e inferiores.

Na atualidade, este fato já é conhecido por todos, uma coisa natural, havendo várias pessoas que dizem coisas parecidas a estas. Porém, na época, o imperador era a pessoa mais importante do povo japonês, sendo considerado um descendente direto dos deuses, não podendo possuir uma alma igual ao das pessoas do povo. Se alguém falasse o contrário, poderia ser preso, tendo muitos problemas com as autoridades.

Na ocasião em que Deus-Parens iniciou a criação do mundo e dos seres humanos, todos possuíam igualmente, uma alma límpida e pura, entretanto, como temos na Indicação Divina que “o corpo é tomado emprestado, porém somente o espírito é um bem próprio”, todos recebemos a liberdade do uso espiritual, as pessoas vieram usando durante muito tempo tanto para o bem como para o mal e fazendo renascimentos chegou-se ao dia de hoje. O acúmulo das poeiras espirituais de várias gerações é que se tornaram nas predestinações que cada um possui. Por isso, mesmo que todas as almas sejam iguais, nesta geração, há pessoas que nascem com um corpo saudável e outras que nascem com problemas físicos, pessoas sem problemas financeiros para viver, como também famílias que passam dificuldades e necessidades. Mas, tudo é devido à predestinação, sendo diferente um do outro.

As boas predestinações podem ser mostradas através das pessoas que nasceram em boas famílias, e nesta geração, devem passar com atitudes que correspondam ao desejo de Deus-Parens; se assim fizer, na vida futura, também poderá nascer em uma família agradável, harmoniosa e feliz.

Então, o que fazer para as pessoas que nesta vida não nasceram em uma boa família? Será que terá que se conformar com a sua vida sem sorte? Porém, não se deve pensar assim.

Deve-se refletir que o fato de não ter nascido em uma boa família é o resultado de sua predestinação das vidas anteriores e como nos é ensinado que tudo que ocorre é de acordo com a Razão do Céu, não deve deixar de abater por isso, colocando a culpa nas pessoas e na sociedade, fazendo pessoalmente a reflexão em tudo, sempre ter o espírito de alegria e passar uma vida sempre alegre e animada. Este tipo de atitude e de determinar o espírito que é ensinado com satisfação sincera. Oyassama disse que a satisfação sincera é o arrependimento das vidas anteriores. Se estabelecer firmemente o espírito de satisfação sincera, todas as predestinações das vidas anteriores serão extintas.

Vou explanar tomando como exemplo um copo com água.

Para a pessoa que passar a vida correspondendo ao desejo de Deus-Parens, limpando sempre as poeiras do espírito, deixando-o sempre limpo, será como ter uma água limpa e pura dentro do copo. Por outro lado, se passar à vida somente fazendo as coisas a seu bel-prazer, com egoísmo e muita ganância, satisfazendo seus caprichos e desejos, o espírito vai ficar empoeirado e a água do copo ficaria como se estivesse cheia de barro.

Se deixarmos os dois copos, um com água limpa e outra suja, ao sol durante certo tempo, com o calor, a água vai se evaporando. Para os seres humanos, seria como se fosse o retornamento, pois por mais que a pessoa seja sábia e inteligente, ou seja maldosa, acontecerá o retornamento.

Ao retornamos, vamos diretamente para os braços de Deus-Parens e chegando o momento, os pais se tornando filhos e vice-versa, voltaremos novamente onde temos a predestinação deixada na vida anterior. É como se a água se evaporasse, fosse para as nuvens e das nuvens, novamente em forma de chuva cair sobre a terra.

Tanto a água limpa com a água misturada no barro, no início eram águas puras e límpidas, porém, com o tempo, a água limpa do copo, sempre permanecerá limpa e pura, e a água que encheu o copo com barro, no início, como o barro estava seca no fundo do copo, a água será limpa, entretanto com o tempo, o barro vai se dissolvendo novamente e pouco a pouco vai forma novamente a lama.

O acúmulo das poeiras espirituais é que se torna predestinação, é a lama do copo. Nesta vida, devemos fazer o possível para tirar este barro que está grudado no copo e misturado na água. Conscientizar-se da má predestinação e da vida infeliz, esforçando-se nesta vida em extinguir estas predestinações, lavando toda a lama do copo, e assim, devolver o corpo puro e limpo. O resultado na outra geração será nascer dentro de uma família boa e harmoniosa.

Todos nós, mesmo escutando diariamente os ensinamentos de Deus-Parens, estamos sempre acumulando poeiras em nosso espírito. Porém, no Serviço Sagrado da Manhã e da Noite, devemos nos arrepender das más atitudes espirituais, limpando estas poeiras acumuladas. Todos os dias oramos cantando “limpando os males” e movimentamos as mãos. O importante é refletir as atitudes erradas e procurar agir sempre com bom coração.

No Hino Sagrado X, verso 4, temos:

A ambição é lamaçal sem fim.

Purifiquem o espírito inteiramente, é o paraíso.

A limpeza das poeiras espirituais e a sua purificação, mesmo que a vida não seja favorável, não se deve entregar-se a desesperos e abandonar-se, ou se conformando, mas manter o espírito de satisfação, isto é, passar com alegria, dedicando-se ao hinokishin, a prática da divulgação e salvação. São maneiras de receber virtudes de Deus-Parens para que possa nos conduzir para uma vida muito melhor futuramente.

No Hino II temos:

Quinto, seja quem for, se vierem me seguindo,

Sexto, cortarei a raiz dos conflitos.

Todos do mundo são queridos filhos de Deus-Parens e pela alma, não há superior ou inferior, todos somos irmãos entre si.

Sendo irmãos, não devemos nos matar e nem guerrear, mas o importante é a salvação mútua. Se praticarmos e seguirmos este ensinamento de Deus-Parens, os conflitos, as revoltas, as guerras serão extintas e será concretizado um mundo de vida plena de alegria e felicidade. Todos nós devemos transmitir esta verdade às pessoas que ainda não o conhecem, praticando a divulgação dos ensinamentos.

Como comentei bem no começo, só temos mais nove meses até os 120 Anos de Ocultamento Físico de Oyassama. Nós devemos dedicar daqui em diante para concretizar as atividades decenárias, mas, eu desejo que, com todos os esforços, regressamos a Jiba conduzindo maior número de pessoas, manifestemos o agradecimento Oyassama e possamos contentá-la. Com esse pensamento os nossos antecessores, em cada Cerimônia Decenária de Oyassama, dedicaram todos os esforços para convidar os participantes da caravana de regresso a Jiba.

Porém, a situação do mundo está se tornando cada vez mais difícil, a despesa do regresso a Jiba encareceu aproximadamente 200 dólares em comparação com o ano passado em razão do aumento do preço da passagem da caravana. A maior causa disso foi o aumento do preço do petróleo pela guerra do Iraque, mas todos os brasileiros para transitar nos Estados Unidos precisam tirar o visto americano e todos os passageiros têm que pagar a taxa de trânsito. Nesta situação, no próximo ano, precisamos organizar a caravana de regresso para o ano inteiro. É um grande nó.

No entanto, sempre penso que, na época em que Oyassama era fisicamente presente não existiam muitos meios de transporte, mas as pessoas que eram salvas queriam expressar sua alegria e gratidão a Oyassama e peregrinavam a pé até Jiba.

Dentro do livro “Episódios da Vida de Oyassama” temos diversos exemplos.

Primeiramente, um episódio ocorrido em 1875 ou 1876. No dia 10 de janeiro, Lin Massui, apesar da neve densa que caia desde a manhã, regressou à Residência da região de Kawati, Osaka, vencendo 30 quilômetros de distância devido à sua gratidão em ter sido salva da perda da visão. Neste entremeio, é necessário atravessar um ponte alta em Nukatabe, mas as pontes da época eram de um metro de largura e sem corrimão. Lin ficou descalça para atravessá-la e quando estava no meio da ponte, repentinamente começou uma forte nevasca. Como estava quase sendo levada pelo vento, Lin deitou-se de bruços e se arrastou com muita dificuldade até o fim da ponte, entoando o nome divino Tenri-Ô-no-Mokoto. Dessa forma, ela chegou no final da tarde na Residência toda enlameada devido à neve. Poucas horas antes, Oyassama, observando a janela, falou às pessoas que trabalhavam à sua volta: “Vem gente também num dia como este. Que pessoa sincera! Deve estar em dificuldades!”

Lin, ao saudar Oyassama após ter aquecido um pouco seu corpo gelado e arrumado sua roupa, ao mesmo tempo em que teve suas mãos seguras e aquecidas por Oyassama, recebeu dela as seguintes palavras de incentivo: “Seja muito bem-vinda de regresso. Deus-Parens veio guiando sua mão de regresso.” Sabe-se que até retornar, com 97 anos de idade, Lin nunca mais se esqueceu do calor das mãos de Oyassama dessa oportunidade. Foi ela quem construiu a base da atual Igreja-Mor Ogata e também, foi a única mulher a se tornar diretora da Sede até o momento.

Em 14 de abril de 1880, o casal Umejiro Izutsu regressou pela primeira vez a Jiba levando sua filha Tane, que havia sido salva de uma doença. Quando partiram de Osaka, chovia fortemente. Regressaram animadamente dentro da chuva e quando se apresentaram à frente de Oyassama, ela, demonstrando sua onisciência, disse-lhes as seguintes palavras de incentivo: “Sejam bem-vindos, apesar da chuva que tomaram!” Oyassama passou a mão na cabeça de Tane e disse: “Vocês regressaram de Osaka. Pela orientação do extraordinário Deus, será plantada a raiz de uma grande árvore em Osaka. Não se preocupem com a doença da criança.” O casal Izutsu dedicou-se fervorosamente à divulgação e se tornaram os precursores da Igreja-Mor Ashitsu.

Outro fato foi o ocorrido no final do outono de 1881. Unossuke Tossa regressou a Jiba em agradecimento ao fato de ter sido salvo no grande desastre marítimo que assolou a Ilha de Okushiri, em Hokkaido. Depois de fazer a reverência a Deus-Parens, contava emocionadamente aos mestres que dedicavam na Residência que, apesar de ter enfrentado enormes ondas no mar de Hokkaido e de ter passado por diversas dificuldades, conseguiu chegar são e salvo a Osaka. Foi quando um dos mestres lhe perguntou se esse fato não havia ocorrido mais ou menos a tal hora de tal dia de tal mês. Relembrando os fatos, percebeu que era exatamente nesse dia que o desastre havia ocorrido. O mestre prosseguiu dizendo: “Neste dia, Oyassama afastou a porta do lado norte do seu quarto, ficou de pé e, abrindo o leque do Serviço Sagrado, voltada para o norte, esteve chamando por alguém durante longo tempo: ‘Olá, olá!’ Estava pensando: ‘Que fato estranho e misterioso!’ Todavia, ouvindo agora a sua narração, compreendi perfeitamente o porquê do fato.” Ouvindo isso, imediatamente Tossa foi a presença de Oyassama e agradeceu. Oyassama lhe disse afetuosamente: “Trouxe-o de regresso livrando-o do perigo.” Depois disso, Tossa deixou suas atividades de marinheiro e dedicou-se sinceramente à divulgação, transformando-se o precursor da Igreja-Mor Muya.

Outro fato aconteceu mais ou menos em 1882. Fujiyoshi Izumita ingressou na fé em 1877, salvo de câncer no estômago, e estava fazendo animadamente a divulgação em Osaka. Certa noite, estava atravessando o Passo Jussan, que separa Kawati de Yamato, para regressar a Jiba quando surgiu um grupo de três ladrões. Pensou consigo que deveria pagar uma dívida de vidas anteriores e já que era para devolver, que fosse bem feito. Despiu todas as vestes, dobrou-as cuidadosamente, colocou a carteira em cima e disse ajoelhando-se e abaixando a cabeça: “Por favor, levem embora.” Então o grupo fugiu correndo, sem levar nada. Normalmente, se faria de tudo para que não fosse roubado, mas o fato de despir as vestes que está usando, dobrando-as e oferecendo-as aos ladrões é algo absolutamente incomum. Por isso, os ladrões devem ter tido algum mau pressentimento e foram embora. Izumita vestiu-se novamente e regressou a Jiba. Quando saudou Oyassama, ele disse: “Deve ter passado por sacrifícios. Entrego-te um tesouro, o Sazuke do Ashiki Harai. Recebe-o!” Assim, Izumita recebeu a razão do Sazuke. Depois disso, o mestre Izumita salvou e orientou os precursores das Igrejas Mitsu, Kita, Oe, Amijima e Uemati. Depois que Oyassama ocultou seu corpo, deixou a divulgação em Osaka para outras pessoas e foi fazer a divulgação em Kyushu, onde se tornou o precursor da Igreja-Mor Nakatsu.

Assim, como nestes episódios da vida de Oyassama, muitas pessoas regressaram a Jiba seguindo uma orientação dela, assimilaram a emoção deste encontro com Oyassama e se dedicaram sinceramente à salvação, fazendo com que o Tenrikyo evoluísse ao aspecto atual.

Dentro da preleção do Besseki, temos o seguinte:

“As pessoas que regressam à Terra Parental vindos de todo o mundo são como as pessoas que regressam à casa dos pais em época de festas. Ainda, o espírito do Parens é aquele que espera ansiosamente os filhos, sem exceção, que regressam a Jiba, para próximo do Parens, vindos de todo o mundo. Este espírito sincero dos filhos que regressam buscando o Parens, sendo aceito pelo espírito do Parens, que espera ansiosamente pelos filhos, faz com que surjam salvações extraordinárias e que sejam mostradas livres providências. Por isso, é muito importante dedicar o espírito sincero a Jiba original.”

A primeira condutora da Igreja-Mor Tohon, reverenda Yoshi Nakagawa, antes de fazer a divulgação em Tokyo, fazia a divulgação no distrito de Tamba, em Kyoto. Isto ocorreu mais ou menos em 1892. Nesta época, as pessoas que faziam a divulgação em Osaka, quando conseguiam cinco pessoas dispostas a seguir os ensinamentos, regressavam a pé até Jiba em agradecimento. A reverenda Yoshi, quando conseguia uma pessoa disposta a lhe seguir, andava por 100 quilômetros até Jiba, passando pela igreja superior Minami e pela Igreja-Mor Takayasu, comunicava o fato a Oyassama eternamente viva, fazia sua solicitação e logo voltava à sua terra de divulgação. Lá chegando, fazia a ministração do Sazuke e, se recebesse a graça, andava novamente os 100 quilômetros até Jiba em agradecimento. Diz-se que ela fez e cumpriu a determinação espiritual de andar 400 quilômetros para a salvação de cada pessoa. Ela acreditava cegamente na razão de Oyassama eternamente viva, e dedicou com afinco sua sinceridade a Jiba. Depois de algum tempo, ela mudou sua terra de divulgação de Kyoto para Tokyo e gradativamente, suas sementes começaram a germinar, tornando-se a primeira condutora da Igreja-Mor Tohon.

Falei até agora de episódios ocorridos a mais de 100 anos, mas acredito que ainda hoje, Deus-Parens e Oyassama estão guiando a mão dos filhos que regressam a Jiba.

Para encerrar a palestra, gostaria de deixar confirmado mais uma vez com todos os condutores das casas de divulgação, que o ponto mais importante da Instrução 2 que foi anunciada pelo Shimbashirassama em face da Cerimônia Decenária dos 120 Anos de Ocultamento Físico de Oyassama, para que todos os seguidores do Caminho dediquem nas atividades de três anos, mil dias, com espírito de unidade, é a parte onde instruiu para “cultivar e praticar o espírito de salvar o próximo”. Nós, yobokus, primeiramente, devemos cultivar e criar o espírito de salvar os próximos. E nos instruiu que a prática da salvação dos próximos é a missão de suma importância.

Creio que, se nós, yobokus, praticarmos sinceramente conforme o profundo desejo que Shimashirassama deposita aos yobokus, tornaremos num yoboku exemplar. Entre os yobokus há aqueles que apenas receberam a razão de Sazuke, há aqueles são mestres que concluíram o Shuyoka e Kentei Koshu, Curso de Habilitação para Condutor de Igreja, como também aqueles que são condutores das casas de divulgação e das igrejas.

Dentre essas pessoas, os condutores das casas de divulgação que são chefes nos locais de divulgação, estão na posição de estar sempre relacionado com a divulgação.

Para o Caminho progredir ou estacionar, como também para fazer a troca, dependem muito do trabalho dos condutores da casas de divulgação.

Ao fazer constante e gradualmente a divulgação e a salvação, se não receber a graça de brotar nesta Cerimônia de 120 Anos de Ocultamento Físico de Oyassama, creio que no próximo 60 anos de fundação do Dendotyo ou, ainda mais, nos 130 Anos de Ocultamento Físico de Oyassama, com certeza, irá brotar.

Assim, encerro a minha palestra solicitando o esforço animado e radiante na conclusão das atividades decenárias.

Muito obrigado pela atenção.